Uma indicação de leitura para abrir a mente...
O Elogio da Loucura é um livro de Erasmo de Rotterdam, um humanista e teólogo que viveu durante a idade média, este livro é um ensaio escrito em 1509 e publicado em 1511. Erasmo nasceu em 1465 na cidade de Rotterdam, Holanda. Foi um intelectual que viveu em um convento onde se entregou aos vários clássicos da literatura greco-latina e ao mais diversos autores da Idade Média, sua época. Ordenado padre, teve contato com padres, bispos, papas, reis, cardeais, etc. Foi amigo de Thomas Morus, amigo a quem ele dedicou o prefácio de O Elogio da Loucura.
“Foi pelo fato de ter pensado, no início, em teu próprio sobrenome Morus, tão próximo ao da Loucura (Moria), quanto realmente longe dela estás e, certamente, é seu maior adversário, segundo o conceito que em geral dela se tem.” (carta a Thomas Morus)
Erasmo era cristão, porém com uma visão além de seu tempo para ver as falhas que existiam no fanatismo religioso e na opressão causada pela igreja católica, não esqueçam que ele era teólogo, e dos bons. Ele foi um dos responsáveis pelos pensamentos críticos da sociedade da época que foi base da Reforma Protestante. Agora vamos ao livro... Erasmo de Rotterdam não faz uma crítica apenas à religião fanática, mas também a muitos comportamentos e pensamentos da sociedade, não apena da sociedade da época, mas de um modo completamente atemporal, já que o maus costumes humanos não são perdidos.
O Elogio da Loucura
Segundo o Aurélio, a loucura é definida como um estado ou condição de louco, de insanidade mental. Buscando na internet achei esta definição: “A loucura ou insânia é uma condição da mente humana caracterizada por pensamentos considerados "anormais" pela sociedade. É resultado de doença mental, quando não é classificada como a própria doença. A verdadeira constatação da insanidade mental de um indivíduo só pode ser feita por especialistas em psiquiatria clínica.”
O Elogio da Loucura é uma total sátira a sociedade dos séc. XV e XVI, onde ele tinha por objetivo fornecer uma nova visão eclesiástica e renovar a igreja, pois tentou mostrar a sociedade um espelho de si mesma. Seu escrito acabou tornando-se atemporal, pois se você ler O Elogio da Loucura hoje, ainda verá uma sociedade vivendo com os mesmos males e problema em comum, a hipocrisia e a perda dos valores da vida ainda são constantes. A loucura, como a definição gramatical, é a insanidade mental, porém ele não define esse termo ao pé da letra, como uma condição humana que podemos adquirir, ele trata a loucura de uma forma externa ao homem, e o homem só será louco se desejar ser.
Em seu livro ele criou a "Deusa da Loucura", um divindade que metaforicamente é responsável por todos esses maus comportamentos humanos, ela se auto elogia de ser a única forma de fazer o homem sentir-se bem perante seus atos que afrontariam e afrontam as demais divindades, como a luxuria, o fanatismo, etc. A Loucura é filha de Plutão, ela conta sua origens neste trecho:
“Nasci de Plutão(...). Meu pai foi um Plutão ainda robusto, cheio do calor da juventude, e não somente por sua juventude, mas também, sem dúvida, pelo néctar que acabara de sorver avidamente ao goles no banquete dos deuses” (VII – A Origem da Loucura).
A Deusa da Loucura dá ao homem tudo o que ele quer e pode fazer, ela afronta o outros deuses que disponibilizam apenas "alguns favores" a humanidade. Por exemplo, seguindo os preceitos cristão o homem deve ser bom e evitar ao máximo ser corrompido com os devaneios da vida, a loucura entra nesse ponto, ela é a desordem e protege o homem por ter cometido tais atos, a Loucura exerce um poder que não é tirânico nem ditador, a Loucura é a própria alegria...o próprio delírio onde o homem eternamente encontrará o seu conforto. Neste post vou deixar alguns trechos e alguns comentários das partes que mais me chamaram a atenção durante esta leitura.
“Não ponho a máscara como aqueles que pretendem representar um papel de sábios e andam desfilando como macacos vestidos de púrpura e como asnos com peles de leão. Que se vistam com disfarces quando quiserem que suas orelhas sobressalientes sempre revelarão um Midas oculto.” (Capítulo V – A Sinceridade da Loucura)
O interessante da abordagem feita referente a Loucura é de que ela é a verdadeira Verdade, não há por que negar seus atos e sua verdadeira função perante à vida, os homens consideram a Loucura uma total insanidade para fugir de sua responsabilidades, é por este motivo que ela se auto elogia, pois o homem não a considera, por mais que esteja precisando dela durante cada segundo de sua vida. Este sentimento raiva da Loucura perante a atitude humana é mostrada neste trecho:
“Não posso deixar de registrar meu espanto pela ingratidão dos homens, ou por suas indiferenças. Todos há séculos gozam de minhas benesses, mas nunca houve um só homem que testemunhasse seu reconhecimento e elogiasse a Loucura.” (Cap. III – A Loucura se Auto- Elogia) .
Segundo a própria Loucura, ela é responsável pela perpetuação da espécie humana, pois as pessoas agem sem razão perante seus atos, que para nós são realizados com ávida consciência de que aquilo é o certo e melhor para si e para os outros. Esse foi um dos trechos mais satíricos que pude conferir no livro, interessante ver que ela trata a Irreflexão também como uma divindade e sendo sua serva:
“(...) Qual mulher haveria de procurar um homem, se refletisse melhor sobre os perigos inerentes ao fato de colocar um filho no mundo e criá-lo? Como vós deveis a vida ao casamento, deveis o casamento à minha serva, a Irreflexão.” (Cap. XI – A Loucura Perpetua a Espécie Humana).
É muito comum fazermos uma relação entre velhice e sabedoria, mas por que fazemos isso? Desde que criança vemos os grandes sábios da história em uma imagem típica, onde estão debruçados em livros ou em pensamentos vagam pelo mundo, são idosos que cultivam cabelos e barbas brancas como nuvens. Ao tratar deste assunto todo teremos algum intelectual em mente que colaboraram para mudar os pensamentos da humanidade ao longo dos séculos, como: Platão, Aristóteles, Galileu, Darwin, Nietzsche, Arquimedes, Da Vinci, Michellangelo, a assembleia dos anciões da Grécia Antiga, etc. Além desta imagem de velhice associada a sabedoria, ainda nos vem em mente uma reclusão social e dificuldade de relacionamento em que intelectuais se encontram. Segundo a Loucura, esses homens não a veneram, vivem totalmente a parte de seus benefícios e é por este motivo que a Loucura os critica, mais adiante no livro ela ainda trata a respeito das fraquezas que poderiam existir em um governo tecnocrata.
“Não observais por acaso, a pessoa melancólicas, mergulhadas na filosofia e nas dificuldades de suas ocupações, quase toda envelhecidas sem antes gozar de sua juventude.” (XIV – A Loucura Prolonga a Vida).
domingo, 30 de dezembro de 2012
sábado, 29 de dezembro de 2012
Poema - Braços de Shiva (Bruno Leal)
Todos nós conhecemos pessoas que escrevem, seja uma crônica...uma literatura de cordel, uma poesia..enfim. Mas poucos de quem conhecemos e já tivemos a oportunidade de ver a obra pode se tornar relevante para nós. Aqui falei de um modo geral, em meu círculo de amizade tenho amigos que escrevem, seja sobre astrofísica ou seja sobre amor, mas um amigo meu chamado Bruno Leal é o destaque de minha admiração.
Primeiro que o Bruno escreve poesia em forma de poemas, e todos que me conhecem sabem meu apreço por poemas, venho acompanhando seus poemas na sua conta do PROPOST e são fascinantes. Bruno é só um carinha introspectivo, engraçado, que gosta de música escandinava, magrelo, branco, de óculo que passou em 1º lugar na minha turma. Este é o link do perfil de Bruno no PROPOST:
http://www.propost.com.br/autor/joeltoad
Seu último poema publicado, vejam a qualidade da obra, bela e interessante em sua abordagem alegórica ao tratar de Shiva, o deus Hindu da renovação e da destruição, perceptível que o escritor possui conhecimento após leituras sobre o tema:
<i>Braços de Shiva
Nossa linha horizontal nunca pendeu
Não enquanto não percebia meu jeito
De entender as coisas pela metade
Inclusive gostar pela metade
Amar pela metade
Metade de mim estava criando mundos
Eu sou de criação e você destruição
Outra metade tentava te segurar a mão
Enquanto um pássaro cantava,
Encantava e eu me perdia
Eu sou quadro emoldurado e você é tiner
Eu sou os segundos e você é as horas
Eu sou uma mãe e você era um aborto
Eu era disperso, mas você
Sempre foi absorto
Eu sempre fui tambor e você era chama
Fomos criados dos lados opostos de Shivá
Eu sou abhaya mudrá e você tromba paquiderme
Varuna e Surya lamentavam o tempo
Que nos deixava inermes
Estou criando novamente e você destruindo
Somos complemento da existência da vida
Quem sabe conseguiremos alcançar o nirvana
Nunca satisfizemos o kama
Talvez sós precisemos um do outro novamente
Não mais para destruir ou criar,
Mas somente transformar.
Primeiro que o Bruno escreve poesia em forma de poemas, e todos que me conhecem sabem meu apreço por poemas, venho acompanhando seus poemas na sua conta do PROPOST e são fascinantes. Bruno é só um carinha introspectivo, engraçado, que gosta de música escandinava, magrelo, branco, de óculo que passou em 1º lugar na minha turma. Este é o link do perfil de Bruno no PROPOST:
http://www.propost.com.br/autor/joeltoad
Seu último poema publicado, vejam a qualidade da obra, bela e interessante em sua abordagem alegórica ao tratar de Shiva, o deus Hindu da renovação e da destruição, perceptível que o escritor possui conhecimento após leituras sobre o tema:
<i>Braços de Shiva
Nossa linha horizontal nunca pendeu
Não enquanto não percebia meu jeito
De entender as coisas pela metade
Inclusive gostar pela metade
Amar pela metade
Metade de mim estava criando mundos
Eu sou de criação e você destruição
Outra metade tentava te segurar a mão
Enquanto um pássaro cantava,
Encantava e eu me perdia
Eu sou quadro emoldurado e você é tiner
Eu sou os segundos e você é as horas
Eu sou uma mãe e você era um aborto
Eu era disperso, mas você
Sempre foi absorto
Eu sempre fui tambor e você era chama
Fomos criados dos lados opostos de Shivá
Eu sou abhaya mudrá e você tromba paquiderme
Varuna e Surya lamentavam o tempo
Que nos deixava inermes
Estou criando novamente e você destruindo
Somos complemento da existência da vida
Quem sabe conseguiremos alcançar o nirvana
Nunca satisfizemos o kama
Talvez sós precisemos um do outro novamente
Não mais para destruir ou criar,
Mas somente transformar.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
Muita poesia e nenhum verso...
"O poeta e o leitor mantém, em nossos dias, uma atitude interrogativa, senão especulativa perante a poesia. E parece que esta atitude transcende a fria curiosidade do naturalista que se debruça para interrogar a analogia dos espécimes catalogados. É uma estranha decorrência das condições sociais em que vivemos. Se mimamos a poesia, se dela cuidamos com estranho amor, é para que não desapareça conosco, e para que represente, no futuro, o nosso testemunho."
Benedito Nunes (1929-2011)- Duas reflexões sobre poesia.
Minha poesia configurada no desenho.
Os versos não brotam entre os dedos que digitam ou que seguram um lápis...os versos surgem do mais íntimo ser no mais íntimo estante, não importa onde ele seja, não importa onde se esteja. A poesia é algo completo além de toda e qualquer compreensão humana perante os fatos corriqueiros humanos. Nela há um semblante de beleza e vida eterna, onde o tempo não passa, onde a beleza acompanha as sereias que murmuram cânticos eternamente para os viajantes perdidos no mar de Homero...
A poesia habita a Catedral de Notre Dame, acompanha o corcunda em sua crise existencial e seu sofrimento perante o preconceito de todos ao seu redor, a poesia encontra-se no amor por Esmeralda, ela firma-se na rejeição e transborda na loucura...
Com a poesia dei a volta ao mundo em 80 dias, como Capitão Nemo, refugiei-me do mundo na solidão do mar, longe de todos, mas perto de tudo...Mares, colossos, povos, enigmas, monstros...Vi a poesia concretizar-se em cada aventura pelo globo terrestre...
Com Emily Dickinson senti o mais profundo íntimo atroz de uma adolescente em seu conflito existencial e sexual... vi o amor brotar como brota a rosa em meio ao pedregulho...
Vejo a poesia no céu quando cúmulos e nimbos formas figuras animalescas metaforizadas em um céu azul que não passa de uma ilusão... Vejo a poesia nos olhos de quem não a vê, mas percebo o quanto ela tenta a todo custo mostrar sua voz que é oprimida pelo dia-a-dia... a poesia está nesses quadros que de tão belos me causam fulgor e delírios psicóticos, a poesia representada com a cor, a eternidade momentânea...
Quisera eu falar de poesia, mas me vejo meramente com um ser que passou por entre séculos, olho para trás e vejo meus primórdios, meus ancestrais... Vi guerras, sofrimentos, luxúrias, devaneios... Vejo então que a poesia não é para mim, sou a carne acoplada de um sistema nervoso, não bendigo dele, pois ele é farsante. As vezes sinto que a mais completa poesia é a mental, é aquela que você não sabe expressar, não sabe como a expressar, isso te deixa triste...furioso...deprimido...mas é ela!! Não somos dignos de descrevê-la...
Somos homens que ao passar dos séculos desenvolvemos diversos dialetos e diversas formas de escrita... O que mostrar se somos tão diferentes em um íntimo instintivo tão comum?
"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Tem paciência se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consume
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Não forces o poema a desprender-se do limbo.
Não colhas no chão o poema que se perdeu.
Não adules o poema. Aceita-o
como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
no espaço."
(Carlos Drummond de Andrade - Procura da Poesia)
Benedito Nunes (1929-2011)- Duas reflexões sobre poesia.
Minha poesia configurada no desenho.
Os versos não brotam entre os dedos que digitam ou que seguram um lápis...os versos surgem do mais íntimo ser no mais íntimo estante, não importa onde ele seja, não importa onde se esteja. A poesia é algo completo além de toda e qualquer compreensão humana perante os fatos corriqueiros humanos. Nela há um semblante de beleza e vida eterna, onde o tempo não passa, onde a beleza acompanha as sereias que murmuram cânticos eternamente para os viajantes perdidos no mar de Homero...
A poesia habita a Catedral de Notre Dame, acompanha o corcunda em sua crise existencial e seu sofrimento perante o preconceito de todos ao seu redor, a poesia encontra-se no amor por Esmeralda, ela firma-se na rejeição e transborda na loucura...
Com a poesia dei a volta ao mundo em 80 dias, como Capitão Nemo, refugiei-me do mundo na solidão do mar, longe de todos, mas perto de tudo...Mares, colossos, povos, enigmas, monstros...Vi a poesia concretizar-se em cada aventura pelo globo terrestre...
Com Emily Dickinson senti o mais profundo íntimo atroz de uma adolescente em seu conflito existencial e sexual... vi o amor brotar como brota a rosa em meio ao pedregulho...
Vejo a poesia no céu quando cúmulos e nimbos formas figuras animalescas metaforizadas em um céu azul que não passa de uma ilusão... Vejo a poesia nos olhos de quem não a vê, mas percebo o quanto ela tenta a todo custo mostrar sua voz que é oprimida pelo dia-a-dia... a poesia está nesses quadros que de tão belos me causam fulgor e delírios psicóticos, a poesia representada com a cor, a eternidade momentânea...
Quisera eu falar de poesia, mas me vejo meramente com um ser que passou por entre séculos, olho para trás e vejo meus primórdios, meus ancestrais... Vi guerras, sofrimentos, luxúrias, devaneios... Vejo então que a poesia não é para mim, sou a carne acoplada de um sistema nervoso, não bendigo dele, pois ele é farsante. As vezes sinto que a mais completa poesia é a mental, é aquela que você não sabe expressar, não sabe como a expressar, isso te deixa triste...furioso...deprimido...mas é ela!! Não somos dignos de descrevê-la...
Somos homens que ao passar dos séculos desenvolvemos diversos dialetos e diversas formas de escrita... O que mostrar se somos tão diferentes em um íntimo instintivo tão comum?
"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Tem paciência se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consume
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Não forces o poema a desprender-se do limbo.
Não colhas no chão o poema que se perdeu.
Não adules o poema. Aceita-o
como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
no espaço."
(Carlos Drummond de Andrade - Procura da Poesia)
sábado, 22 de dezembro de 2012
A Morte da Baleia _ Affonso Romanno
Esta postagem não é nada autoral, vou deixar aqui esporadicamente alguns poemas de Affonso Romanno, poeta que admiro muito. Grande parte de seus poemas não estão na internet, tenho eles porque há algum tempo comprei o livro "Affonso Romanno de Sant'anna - Poesia Reunida (1965-1999) Volume I.
Me dei ao doce trabalho de digitá-los para compartilhar com quem já é leitor desse blog, ou para aqueles que entraram sem querer ao realizar uma busca qualquer na internet.
A Morte da Baleia
(Affonso Romano de Sant'anna)
Na Paraíba, Nordeste do país,
Convidam-me a ver a morte da baleia.
Dizem: - pesca da baleia – como se dissessem: - jogar tênis
Ou qualquer outro esporte
Em que o animal
Participasse alegremente.
Dizem: - pesca da baleia – como se dissessem: - ir à missa, onde cristo morreria impunemente.
Dizem: - pesca da baleia – como e dissessem: - carnaval onde se brinca eternamente.
O espetáculo dura a noite toda
E quem assiste não pensa em assassinato
Pensa:
Vou como quem vai às compras
- ou algo semelhante, como - vou visitar parente
-ou ver filme interessante.
Ninguém diz: - vou ao enterro da baleia
- que em mim mato e morre a cada instante...
(...)
4- Deveria eu introduzir um pouco mais de humor nesta tragédia e dizer?
- No Nordeste do país convidam-me para um drama onde quem morre é a principal atriz.
Deveria eu distribuir um pouco mais de aço neste cangaço e dizer?
- Nos mares do sertão onde o sangue é agreste e aguardo a baleia é lampião que morre sempre sangrado.
(...)
E aquele que salva-vidas
Dela salvou seu olho
Num colar para Iemanjá.
Por isto a morte marítima, terrestre ou marginal
Desta baleia
Mais que metáfora
Ou pintura,
Mias que mostra multinacional de usura,
A qualquer hora que ocorra,
Além de um crime a se ostentar
É a nossa impotência na linha do horizonte,
Um modo colorido de trucidar a aurora
- e ensanguentar o mar...
__________________________________
Este poema de Sant'anna é muito extenso, mas deixo aqui alguns trechos dele, e apenas por estas estrofes já é possível identificar a profundidade deste poema.
Não achei uma foto de uma caçada na Paraíba, porém esta foto é no Brasil entre as décadas de 50 e 70, extraí de um artigo que trata a respeito da Baleia Franca que foi amplamente caçada neste período.
"A caça às baleias, incluindo também a espécie da baleia franca, já foi antigamente na história do Brasil de grande importância na economia. O seu óleo, advindo do cozimento das gorduras presentes em sua carne, era utilizado para a iluminação, a lubrificação e na fabricação de argamassa para igrejas e fortalezas. Secundariamente, as suas barbatanas eram usadas para a fabricação de espartilhos, sendo este material semelhante a cordas rígidas e flexíveis. A caça foi tão intensa que em poucos séculos diminuiu enormemente a população de baleias francas até o final século XIX, levando-a quase à extinção. As povoações de “Lagoinha” (atual praia da Armação, Florianópolis), Garopaba e Imbituba retomaram a caça de forma rudimentar e esporádica, do começo do século XX até a década de 1950 e a de Imbituba, surpreendentemente, até 1973. A caça à baleia se afirmou como uma atividade de grande violência e crueldade, considerando-se o potencial senciente e emocional desses animais já afirmado cientificamente."
Me dei ao doce trabalho de digitá-los para compartilhar com quem já é leitor desse blog, ou para aqueles que entraram sem querer ao realizar uma busca qualquer na internet.
A Morte da Baleia
(Affonso Romano de Sant'anna)
Na Paraíba, Nordeste do país,
Convidam-me a ver a morte da baleia.
Dizem: - pesca da baleia – como se dissessem: - jogar tênis
Ou qualquer outro esporte
Em que o animal
Participasse alegremente.
Dizem: - pesca da baleia – como se dissessem: - ir à missa, onde cristo morreria impunemente.
Dizem: - pesca da baleia – como e dissessem: - carnaval onde se brinca eternamente.
O espetáculo dura a noite toda
E quem assiste não pensa em assassinato
Pensa:
Vou como quem vai às compras
- ou algo semelhante, como - vou visitar parente
-ou ver filme interessante.
Ninguém diz: - vou ao enterro da baleia
- que em mim mato e morre a cada instante...
(...)
4- Deveria eu introduzir um pouco mais de humor nesta tragédia e dizer?
- No Nordeste do país convidam-me para um drama onde quem morre é a principal atriz.
Deveria eu distribuir um pouco mais de aço neste cangaço e dizer?
- Nos mares do sertão onde o sangue é agreste e aguardo a baleia é lampião que morre sempre sangrado.
(...)
E aquele que salva-vidas
Dela salvou seu olho
Num colar para Iemanjá.
Por isto a morte marítima, terrestre ou marginal
Desta baleia
Mais que metáfora
Ou pintura,
Mias que mostra multinacional de usura,
A qualquer hora que ocorra,
Além de um crime a se ostentar
É a nossa impotência na linha do horizonte,
Um modo colorido de trucidar a aurora
- e ensanguentar o mar...
__________________________________
Este poema de Sant'anna é muito extenso, mas deixo aqui alguns trechos dele, e apenas por estas estrofes já é possível identificar a profundidade deste poema.
Não achei uma foto de uma caçada na Paraíba, porém esta foto é no Brasil entre as décadas de 50 e 70, extraí de um artigo que trata a respeito da Baleia Franca que foi amplamente caçada neste período.
"A caça às baleias, incluindo também a espécie da baleia franca, já foi antigamente na história do Brasil de grande importância na economia. O seu óleo, advindo do cozimento das gorduras presentes em sua carne, era utilizado para a iluminação, a lubrificação e na fabricação de argamassa para igrejas e fortalezas. Secundariamente, as suas barbatanas eram usadas para a fabricação de espartilhos, sendo este material semelhante a cordas rígidas e flexíveis. A caça foi tão intensa que em poucos séculos diminuiu enormemente a população de baleias francas até o final século XIX, levando-a quase à extinção. As povoações de “Lagoinha” (atual praia da Armação, Florianópolis), Garopaba e Imbituba retomaram a caça de forma rudimentar e esporádica, do começo do século XX até a década de 1950 e a de Imbituba, surpreendentemente, até 1973. A caça à baleia se afirmou como uma atividade de grande violência e crueldade, considerando-se o potencial senciente e emocional desses animais já afirmado cientificamente."
sábado, 15 de dezembro de 2012
domingo, 4 de novembro de 2012
Direito Animal ou Bem-Estar Animal?
Direito Animal ou Bem-Estar Animal?
Podemos dizer que o movimento moderno em defesa dos direito dos animais originou-se em 1824 com a criação da Society for the Prevention of Cruelty to Animals (Sociedade para a Prevenção da Crueldade com Animais), na Inglaterra, mas que somente começou a ganhar força 1970 quando alguns filósofos da Universidade de Oxford decidiram investigar o porque do status moral dos animais ser considerado inferior aos dos seres humanos. Após a evolução do movimento pelos direitos dos animais ao longo dos anos, duas ramificações se formaram, elas foram: Direito Animal e Bem-Estar Animal (utilitarismo).
Tom Regan foi um dos principais influenciadores do pensamento Direito Animal, ele que é professor emérito de Filosofia na Universidade da Carolina do Norte, esta é uma corrente totalmente abolicionista, onde a principal filosofia seria a de que os animais devem ter direitos legais, assim como os humanos, como: direito à vida, à não sofrer e a liberdade.
Defensores dos Direitos dos Animais partem do princípio que é moralmente errado fazer um outro ser vivo sofrer nos mais diversos setores, como: abatedouros, vivissecções, confinamento, crueldades, etc. Esses defensores lutam constantemente por medidas que levem a utilização desses animais ao ponto nulo, como medidas alternativas em pesquisas científicas, outras forma de entretenimento além de circos ou zoológicos, ou até mesmo na questão alimentar onde todos devem recorrer a outras fontes alimentícias que ofereçam as mesmas demandas nutricionais que há na carne.
Essas são medidas que isoladamente ao serem colocadas juntas são benéficas para os animais e para a sociedade como um todo.
Os defensores da segunda corrente de Bem-Estar Animal, liderado por Peter Singer Peter (filósofo e professor australiano e professor na Universidade de Princeton) acreditam que os animai podem ser usados por humanos desde que haja uma maneira responsável nesta utilização, onde ocorra o menor sofrimento possível.
Os defensores do Bem-Estar argumentam que o resultado desta utilização devem trazer benefícios maiores que o sofrimento causado ao animal assim como deve haver toda uma responsabilidade moral e ética para este uso. O princípio do utilitarismo pregado por esta corrente não considera que todos os animais devam ter tratamentos iguais aos humanos
Posso dar como exemplo de princípios utilitaristas: abate “humanitário”, uso de anestesia em vivissecções, jaulas maiores em circos e zoológicos, etc .
Sem informação não há argumentação...
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Autoajuda e o efeito placebo...
Autoajuda e efeito placebo... Todos nós sabemos que o índice de leitura do brasileiro é vergonhosamente baixo, a partir daí podemos tirar a conclusão de que o índice de escrita é pior ainda... Décadas atrás pessoas de todas as idades se interessavam pelo mais variados tipos de leitura, estas que traziam e trazem (já que são atemporais) um melhor desenvolvimento crítico para as pessoas, liamos de filósofos a poeta que influenciaram e mudaram o rumo da história. Hoje infelizmente a qualidade dos livros que vão para no topo dos mais procurados, os best sellers, são leituras totalmente diferentes ao que tratei anteriormente, são livros principalmente de autoajuda. Estou criticando autoajuda? Talvez...
Não sei a partir de que momento estes livros caíram ao gosto popular e escritores como Augusto Cury e Paulo Coelho tornaram-se os senhores das palavras de consolo que todo ser humano frustrado nos mais diversos pontos de sua vida passou a vangloriar. Mas após uma reflexão penso o seguinte... O mundo está um caos, as pessoas sofrem com todos os seus problemas cotidianos, de sociais a pessoais, elas não possuem nem tempo, nem vontade de amadurecer o senso crítico. A própria sociedade dificulta o desenvolvimento do senso crítico, por quê? Todos sabem que ao longo da história os pensamentos de vários intelectuais influenciaram as sociedades grandiosamente ao ponto de ocorrerem revoluções por indignação ao meio em que estavam sendo colocadas.
A mídia influencia a todos e todos se deixam influenciar por ela dos mais diversos níveis... Pra que pensar? Devemos apenas seguir um parâmetros utópico para conseguir todos os nossos bem materiais que seremos felizes. As pessoas vão atrás de tudo o que NÃO precisa, mas acham que precisam apena por motivos de status, passam horas na academia em busca do corpo perfeito igual aos posers dos comerciais de cerveja, passam horas no trabalho e ainda fazem hora extra para conseguir comprar aquele carro dos sonhos que é tão fresco que não consegue nem passar por uma lombada, deixam seus filhos nas escolas mais caras e os colocam para fazerem todos os tipos de atividades possível só pra dizer que eles serão melhores ou simplesmente para se livrar da responsabilidade de pais, enfim...
É a partir deste momento que entra a autoajuda, as pessoas se veem apenas indo em busca de se encaixarem na sociedade de todas as formas e esquecem de si mesmo como seres racionais que deveriam ser...Não sabem mais lidar com problemas, relacionamentos e/ou obrigações. O meio social tornou-se dificultoso... Então o melhor a se fazer é comprar livros que digam algo como: “Apesar dos nossos defeitos, precisamos enxergar que somos pérolas únicas no teatro da vida e entender que não existem pessoas de sucesso e pessoas fracassadas. O que existem são pessoas que lutam pelos seus sonhos ou desistem deles.” (Augusto Cury)
Essa frase mostra um dos pensamentos mais óbvios da humanidade, mas a falta de capacidade mental faz as pessoas acharem que é um dos ensinamentos mais magníficos da humanidade, e isso lhe serve como o maior de todos os consolos para seguir suas vidas...Os livros de auto ajuda podem dar todas as “receitas” possíveis para o bem estar humano: como ser feliz, como ficar rico, como ser inteligente, como se relacionar, etc. Após os milênios avançamos em termos de comportamento social em grupo, mas o mundo conturbado impregnado de obrigações e necessidades urgente de alcançar o fútil perdemos e muito este tipo de comportamento e as pessoas não sabem compreender mais nem os problemas mais simples e comuns.
“O termo autoajuda pode ser referir a qualquer caso onde um indivíduo ou um grupo (como um grupo de apoio) procura se aprimorar econômica, espiritual, intelectual ou emocionalmente. O termo costuma ser aplicado como uma panaceia em educação, negócios e psicologia, propagandeada através do lucrativo ramo editorial de livros sobre o assunto"
Certo dia ouvi um comentário sarcástico de um amigo que trabalha na livraria Saraiva, ele disse: “Olha aí, quando estatísticas apontam que o índice de leitura do brasileiro está aumentando é isso que ele está lendo...” Então ele aponta para uma pilha gigantesca de um livro de autoajuda que saiu no mercado recentemente e que está sendo vendido exorbitantemente na livraria...
Achei estas críticas no wikipedia e achei muito engraçado e realista.
“Embora continuem populares, os livros e programas de autoajuda têm sofrido críticas por oferecer "respostas fáceis" para problemas pessoais complicados. De acordo com essa visão, o leitor ou participante recebe o equivalente a um placebo enquanto o escritor e o editor recebem os lucros.
O livro God is My Broker ("Deus é meu Agente") afirma, "O único modo de se tornar rico com um livro de autoajuda é escrever um". Livros de autoajuda também são criticados por conter afirmações pseudo-científicas que podem induzir o comprador a seguir "maus caminhos" e citações de teorias de outros autores que não condizem com o livro.
Outra grande crítica a autoajuda é o oferecimento de coisas que podem não ser atingidas pelo leitor como riqueza ou saúde, bastando acreditar em si mesmo, porém quando o leitor não atinge a meta proposta pela autoajuda, este torna-se infeliz por ser incapaz de realizar seus desejos.
Por fim, Wendy Kaminer, em seu livro I'm Dysfunctional, You're Dysfunctional ("Eu sou deficiente, você é deficiente"), critica o movimento da autoajuda por encorajar as pessoas a focarem o desenvolvimento pessoal, em vez de se unirem a movimentos sociais, para resolverem seus problemas.”
A única forma de focar rico com um livro de autoajuda e escrevendo um...
Autoajuda é tão chato que acho até uma ofensa marcar este post na categoria "literatura".
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sábado, 20 de outubro de 2012
Poesia, poemas e...PROPOST
Já cheguei a comentar com um amigo que não acho que o propost seja um espaço para a divulgação de poemas, porém quando falo disso estou me referindo ao apenas copiar um poema seu do word e colar aqui, não acho que faz muito sentido... O poema é uma das vertentes da poesia, ele é mais uma das tantas formas de expressão dos nossos sentimentos, podemos dançar, atuar em teatro, cantar, pintar ou...escrever, dentro da escrita vamos escolher se naquele momento é o ver ou a prova que melhor vai exprimir o eu interior.
A poesia anda junto de nós em todos o momentos, poetar é mais difícil, mas todo nós temos tal capacidade. Muitos acham que escrever um poema é apenas juntar palavra em versos que formem uma rima, mas não é! Um simples poema pode revelar toda a emoção que estamos sentindo em um determinado momento, em alguns versos resumimos um texto de vária folhas, porém há uma questão: vai caber ao leitor uma capacidade de interpretação mais aguçada, pois escrever um poema pode se tornar algo subjetivo demais.
Este verso de Manuel bandeira publicado em 1917 no livro "A Cinza da Horas" trata muito bem e de forma bem profunda eta questão do "escrever versos", ele ressalta o quanto devemos dar de nós para a construção do poema.
DESENCANTO
Eu faço versos como quem chora
De desalento… de desencanto…
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente…
Tristeza esparsa… remorso vão…
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre Sabor na boca.
- Eu faço versos como quem morre.
(Teresópolis, 1912)
Uma de minhas maiores distrações é a leitura e a escrita e creio que estou utilizando este espaço (propost) muito bem, porém essa criatividade literária some quando vou escrever meu TCC...Uma pena! Este ano pude participar do Concurso de Artes Literárias promovido pelo IAP (Instituto de Artes Literárias) na categoria poemas, mas o resultado ainda aguardo.
Vou deixar aqui um de meus poemas que creio que surgiu de um dos pontos mais obscuros de meu inconsciente:
A esquizofrenia ronda as ruas
Vozes obscuras em nossas cabeças apontam o que fazer
A mídia a ludibriar dia após dia...
Louca multidão a se jogar pelas ruas
Por livre e espontânea vontade seguem para o grande manicômio
O comércio e sua lavagem cerebral
Partem corpos para a dança dos desesperados
Vagam absortos de sua real condição
Controlado por utópicos e utopias
Vi desmoronar mansões e mausoléis
Mundos subterrâneos, jardins suspensos
O mundo é vasto e o vazio é imenso
Desertos tomam conta das ruas desta cidade
Vejo dunas levantarem-se como levantam colossos
O vento sopra, faz e desfaz
Vagueio inerte em minha alucinação
Solução?
Mudaram-se os anos, mas não mudaram-se as vontades
A calamidade vagueia sem rumo
Obscura como o lodo que escorrem nas calçadas
O presente constrói-me, absorta de tudo
Presa a ideais, tentem em vão conquista-los
Aqui jaz um templo perdido
Em ruínas repousa uma biblioteca
Saberes do tempo de luz
A filosofia... A literatura
Entregue ao tempo
Entregue às traças
Do pó veio
Para o pó voltará
Erguem-se arranhas céus, mas não passam de dunas
Entregues ao tempo, nada restará...
O termo "dunas" é uma metáfora de brevidade, elas que estão em constantes mudanças ao sofrer ação do vento.
Nem todo poema tem poesia...
E
A poesia anda junto de nós em todos o momentos, poetar é mais difícil, mas todo nós temos tal capacidade. Muitos acham que escrever um poema é apenas juntar palavra em versos que formem uma rima, mas não é! Um simples poema pode revelar toda a emoção que estamos sentindo em um determinado momento, em alguns versos resumimos um texto de vária folhas, porém há uma questão: vai caber ao leitor uma capacidade de interpretação mais aguçada, pois escrever um poema pode se tornar algo subjetivo demais.
Este verso de Manuel bandeira publicado em 1917 no livro "A Cinza da Horas" trata muito bem e de forma bem profunda eta questão do "escrever versos", ele ressalta o quanto devemos dar de nós para a construção do poema.
DESENCANTO
Eu faço versos como quem chora
De desalento… de desencanto…
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente…
Tristeza esparsa… remorso vão…
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre Sabor na boca.
- Eu faço versos como quem morre.
(Teresópolis, 1912)
Uma de minhas maiores distrações é a leitura e a escrita e creio que estou utilizando este espaço (propost) muito bem, porém essa criatividade literária some quando vou escrever meu TCC...Uma pena! Este ano pude participar do Concurso de Artes Literárias promovido pelo IAP (Instituto de Artes Literárias) na categoria poemas, mas o resultado ainda aguardo.
Vou deixar aqui um de meus poemas que creio que surgiu de um dos pontos mais obscuros de meu inconsciente:
A esquizofrenia ronda as ruas
Vozes obscuras em nossas cabeças apontam o que fazer
A mídia a ludibriar dia após dia...
Louca multidão a se jogar pelas ruas
Por livre e espontânea vontade seguem para o grande manicômio
O comércio e sua lavagem cerebral
Partem corpos para a dança dos desesperados
Vagam absortos de sua real condição
Controlado por utópicos e utopias
Vi desmoronar mansões e mausoléis
Mundos subterrâneos, jardins suspensos
O mundo é vasto e o vazio é imenso
Desertos tomam conta das ruas desta cidade
Vejo dunas levantarem-se como levantam colossos
O vento sopra, faz e desfaz
Vagueio inerte em minha alucinação
Solução?
Mudaram-se os anos, mas não mudaram-se as vontades
A calamidade vagueia sem rumo
Obscura como o lodo que escorrem nas calçadas
O presente constrói-me, absorta de tudo
Presa a ideais, tentem em vão conquista-los
Aqui jaz um templo perdido
Em ruínas repousa uma biblioteca
Saberes do tempo de luz
A filosofia... A literatura
Entregue ao tempo
Entregue às traças
Do pó veio
Para o pó voltará
Erguem-se arranhas céus, mas não passam de dunas
Entregues ao tempo, nada restará...
O termo "dunas" é uma metáfora de brevidade, elas que estão em constantes mudanças ao sofrer ação do vento.
Nem todo poema tem poesia...
E
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Leia mais! Blog Ebooks...Sensacional!
Viajando pelo mundo virtual a procura de conteúdo que trate de literatura me deparei com o blog Ebook, e achei super interessantíssimo e creio que você também vai achar! Vou até deixar aqui a descrição do blog:
"Este é um site de propósitos estritamente culturais, feito por e para os amantes da leitura. Os livros aqui disponíveis foram enviados pelos próprios autores, possuem seus direitos autorais livres ou estão esgotados há muito tempo. Os livros com direitos autorais possuem limitações nos textos, constituindo apenas uma amostra do todo, com fins de divulgação.
Caso você seja o proprietário e algum material publicado e deseja remover o conteudo, envie um email para webmaster@ebooksgratis.com.br. Você também pode colaborar o blog, enviando livros de sua autoria, materiais de direito livre, sugestões e dicas de post, e muito mais.
Estamos abertos para parcerias com autores, editoras e blogs com conteúdos literários. Envie sua proposta!"
Acesse o link e conheça o blog:
http://ebooksgratis.com.br/
Um dos conteúdos que mais me chamou a atenção foi uma parte do blog somente voltada a propagandas de incentivo a leitura que ganharam prêmios (ou não) no Brasil e no mundo, são imagens auto descritivas e muuuuito loucas. Como essa postagem aqui está sendo feita com muita pressa, não poderei me estender muito e babar mais ovo para o blog.
Propagandas de incentivo a leitura:
http://ebooksgratis.com.br/category/informacao-e-cultura/leia-mais-propagandas-de-leitura/
Imagine Alice e seus amigos do País das Maravilhas invadindo seus ouvidos com suas histórias...
Campanha muito bacana para vender os audiobooks infantis da Virgin Megastore.
Ter um livro nas mãos ainda é melhor que utilizar qualquer dispositivo eletrônico de leitura...
"Este é um site de propósitos estritamente culturais, feito por e para os amantes da leitura. Os livros aqui disponíveis foram enviados pelos próprios autores, possuem seus direitos autorais livres ou estão esgotados há muito tempo. Os livros com direitos autorais possuem limitações nos textos, constituindo apenas uma amostra do todo, com fins de divulgação.
Caso você seja o proprietário e algum material publicado e deseja remover o conteudo, envie um email para webmaster@ebooksgratis.com.br. Você também pode colaborar o blog, enviando livros de sua autoria, materiais de direito livre, sugestões e dicas de post, e muito mais.
Estamos abertos para parcerias com autores, editoras e blogs com conteúdos literários. Envie sua proposta!"
Acesse o link e conheça o blog:
http://ebooksgratis.com.br/
Um dos conteúdos que mais me chamou a atenção foi uma parte do blog somente voltada a propagandas de incentivo a leitura que ganharam prêmios (ou não) no Brasil e no mundo, são imagens auto descritivas e muuuuito loucas. Como essa postagem aqui está sendo feita com muita pressa, não poderei me estender muito e babar mais ovo para o blog.
Propagandas de incentivo a leitura:
http://ebooksgratis.com.br/category/informacao-e-cultura/leia-mais-propagandas-de-leitura/
Imagine Alice e seus amigos do País das Maravilhas invadindo seus ouvidos com suas histórias...
Campanha muito bacana para vender os audiobooks infantis da Virgin Megastore.
Ter um livro nas mãos ainda é melhor que utilizar qualquer dispositivo eletrônico de leitura...
sábado, 13 de outubro de 2012
O mundo fantástico dos sebos...
Você já comprou algum livro em um sebo?
Belém não é uma cidade com um grande número de livrarias, estas, além de serem poucas a maioria ainda possuem um preço salgadíssimo de seus acervos. Frente a esta situação é crescente o número de sebos que estão abrindo pela cidade, pois eles tornam-se uma alternativa a quem busca se atualizar em suas leituras, posso citar aqui os sebos mais conhecidos, como: Cultura Usada, O Baú, Sebo Cultural, Alfarrábio, Pólo Cultural, A Banca do Zé e O Relicário, fora aqueles que são em bancas de revistas, no meio da rua, etc.
Não sou uma pessoa com muitos recursos financeiros, então esta situação naturalmente estaria me impedindo de conseguir novos livros se eu fosse seguir um parâmetro de compra-los em livrarias... Tenho muitos livros e creio que 80% do que tenho foi adquirido em sebos regionais ou nacionais (via internet no site: estante virtual). Se não fossem os diversos sebo em Belém ou no Brasil com certeza eu não teria como comprar livros que hoje tenho de autores como: O Perfume (Patrick Süskind), O retrato de Dorian Gray (Oscar Wilde), Sertão D’água (Mario Quintana), Rimbaud e Jim Morrison (Fowlie), Uma Estadia no Inferno (Rimbaud), entre outros.
Certa vez procurei sem êxito em Belém o livro “Eu e outros poemas” de Augusto dos Anjos e infelizmente não encontrei... Então encomendei pela internet em um sebo virtual e após algum tempo ele chegou pelos correios. Sempre fui fascinada por Augusto dos Anjos, o poeta pessimista que nunca se enquadrou em nenhum gênero literário.
Ao abrir o livro tive a primeira surpresa, na contracapa do livro está escrito o nome da antiga dona e a data em que ele foi adquirido, Ludmila (a antiga dona) comprou este livro no dia 11/09/2001, exatamente 10 anos depois, no dia 11/09/2011 este livro chegava em minha mãos, em ótimo estado por sinal.
Pode ser um relato bobo, não acredito em superstições, mas foi uma situação interessante ter esse livro em um ótimo estado após tanto tempo com alguém. Não sei se esta pessoa o leu, se ela fez uso do conhecimento que Augusto dos Anjos tentou transmitir, se ela gravou seus poemas, enfim... Frente a este caso que aconteceu comigo, o que estou tentando repassar?
Muitos livros são abandonados ou jogados fora por não servirem mais para o interesse do antigo leitor, esta semana li a seguinte frase: “nem o amor fere tanto o poeta quanto as traças”. Um livro deveria seguir um ciclo como para estar sempre em uso, ler e repassar. Trato desta questão de forma utópica, pois nem eu mesma faço isso.
Você tem um livro em sua estante que tem toda uma história para contar, então empresta para alguém e esta pessoa não tem o mínimo de cuidado, suja, mancha, perde, etc. Isto nos deixa paranoicos com todos.
Sou muito sentimentalista com a carga literária que admiro, principalmente quando adquiro, posso lembrar da emoção que tive ao adquirir por exemplo, “Eram os Deuses Astronautas” de Erich Von Daniken por apenas 4 reais ou a coleção completa de “Odisseia” de Homero (3 livros) por apena 15 reais. As folhas passam, as histórias ficam para a eternidade que cabe a cada um de nós é viver.
O que ainda há de interessante em visitar um sebo é que você nunca sabe o que vai encontrar, simplesmente ficamos horas vasculhando as estantes e espirrando com tanta poeira em busca de algo que não sabemos o que é, mas que uma hora vamos achar e entraremos em deslumbre. Imagine em meio a centenas de livro encontrar o minúsculo livro de Oscar Wilde com um único conto "O Fantasma de Canterville". Sem contar que você pode achar de revistas em quadrinhos a livros que você usa na universidade.
Ainda acho mais cômodo ainda adquirir um livro por um sebo virtual, como no site “Estante Virtual” que deixo o link no final do texto. Neste site vemos uma lista de vários sebos nacionais com todo o seu acervo, basta você digitar o que busca e pronto! Pode pagar uma “pechincha” de frete e terá o livro que lhe agrada em mãos. O mais interessante é que no site há uma descrição completa do estado do livro, se é novo ou usado, se for usado você terá a descrição de todo o estado em que ele se encontra.
Nunca tive nenhum problema em nenhuma compra e sempre comprei livros por menos da metade do valor em que normalmente vejo em livrarias, sejam eles novos ou usados. Você lembra @cuffman que você comprou um livro por R$ 50,00 , que em uma livraria em Belém estava custando R$ 150,00?
Este textinho é um incentivo ao hábito não apena de ler, mas de valorizar os sebos.
Realmente você pode ter muitas surpresas ao comprar um livro usado...
Posso ainda dar uma opinião ambientalista, quanto mais comprarmos em sebos menos árvores estarão sendo derrubadas para fazer novos livros.
Em 2009 André Garcia, criador do site Estante Virtual, teve um espaço na Bienal do Livro em SP onde ocorreu o clube da "Troca do Livro", o resultado foi incrível, cerca de 20 mil livros foram trocados durante a bienal.
"Queríamos que as pessoas degustassem o acervo dos sebos que fazem parte do Estante Virtual sem ter que gastar dinheiro por isso. A ideia era potencializar o valor das trocas. E funcionou, as pessoas entram aqui com best-sellers e saem com literatura clássica." (Gabriel)
"Para a equipe do Estante Virtual, promover uma grande ação de trocas em meio à Bienal do Livro é um manifesto contra os altos preços praticados pelo grande mercado - do qual o site não faz parte." Fonte: O Globo_Blogs)
André Garcia, diretor do site e idealizador da ação que movimentou a Bienal do Livro.
Se você é alérgico, cuidado coma poeira!
Pense nisso e boa leitura!
SITE ESTANTE VIRTUAL: http://www.estantevirtual.com.br/
Belém não é uma cidade com um grande número de livrarias, estas, além de serem poucas a maioria ainda possuem um preço salgadíssimo de seus acervos. Frente a esta situação é crescente o número de sebos que estão abrindo pela cidade, pois eles tornam-se uma alternativa a quem busca se atualizar em suas leituras, posso citar aqui os sebos mais conhecidos, como: Cultura Usada, O Baú, Sebo Cultural, Alfarrábio, Pólo Cultural, A Banca do Zé e O Relicário, fora aqueles que são em bancas de revistas, no meio da rua, etc.
Não sou uma pessoa com muitos recursos financeiros, então esta situação naturalmente estaria me impedindo de conseguir novos livros se eu fosse seguir um parâmetro de compra-los em livrarias... Tenho muitos livros e creio que 80% do que tenho foi adquirido em sebos regionais ou nacionais (via internet no site: estante virtual). Se não fossem os diversos sebo em Belém ou no Brasil com certeza eu não teria como comprar livros que hoje tenho de autores como: O Perfume (Patrick Süskind), O retrato de Dorian Gray (Oscar Wilde), Sertão D’água (Mario Quintana), Rimbaud e Jim Morrison (Fowlie), Uma Estadia no Inferno (Rimbaud), entre outros.
Certa vez procurei sem êxito em Belém o livro “Eu e outros poemas” de Augusto dos Anjos e infelizmente não encontrei... Então encomendei pela internet em um sebo virtual e após algum tempo ele chegou pelos correios. Sempre fui fascinada por Augusto dos Anjos, o poeta pessimista que nunca se enquadrou em nenhum gênero literário.
Ao abrir o livro tive a primeira surpresa, na contracapa do livro está escrito o nome da antiga dona e a data em que ele foi adquirido, Ludmila (a antiga dona) comprou este livro no dia 11/09/2001, exatamente 10 anos depois, no dia 11/09/2011 este livro chegava em minha mãos, em ótimo estado por sinal.
Pode ser um relato bobo, não acredito em superstições, mas foi uma situação interessante ter esse livro em um ótimo estado após tanto tempo com alguém. Não sei se esta pessoa o leu, se ela fez uso do conhecimento que Augusto dos Anjos tentou transmitir, se ela gravou seus poemas, enfim... Frente a este caso que aconteceu comigo, o que estou tentando repassar?
Muitos livros são abandonados ou jogados fora por não servirem mais para o interesse do antigo leitor, esta semana li a seguinte frase: “nem o amor fere tanto o poeta quanto as traças”. Um livro deveria seguir um ciclo como para estar sempre em uso, ler e repassar. Trato desta questão de forma utópica, pois nem eu mesma faço isso.
Você tem um livro em sua estante que tem toda uma história para contar, então empresta para alguém e esta pessoa não tem o mínimo de cuidado, suja, mancha, perde, etc. Isto nos deixa paranoicos com todos.
Sou muito sentimentalista com a carga literária que admiro, principalmente quando adquiro, posso lembrar da emoção que tive ao adquirir por exemplo, “Eram os Deuses Astronautas” de Erich Von Daniken por apenas 4 reais ou a coleção completa de “Odisseia” de Homero (3 livros) por apena 15 reais. As folhas passam, as histórias ficam para a eternidade que cabe a cada um de nós é viver.
O que ainda há de interessante em visitar um sebo é que você nunca sabe o que vai encontrar, simplesmente ficamos horas vasculhando as estantes e espirrando com tanta poeira em busca de algo que não sabemos o que é, mas que uma hora vamos achar e entraremos em deslumbre. Imagine em meio a centenas de livro encontrar o minúsculo livro de Oscar Wilde com um único conto "O Fantasma de Canterville". Sem contar que você pode achar de revistas em quadrinhos a livros que você usa na universidade.
Ainda acho mais cômodo ainda adquirir um livro por um sebo virtual, como no site “Estante Virtual” que deixo o link no final do texto. Neste site vemos uma lista de vários sebos nacionais com todo o seu acervo, basta você digitar o que busca e pronto! Pode pagar uma “pechincha” de frete e terá o livro que lhe agrada em mãos. O mais interessante é que no site há uma descrição completa do estado do livro, se é novo ou usado, se for usado você terá a descrição de todo o estado em que ele se encontra.
Nunca tive nenhum problema em nenhuma compra e sempre comprei livros por menos da metade do valor em que normalmente vejo em livrarias, sejam eles novos ou usados. Você lembra @cuffman que você comprou um livro por R$ 50,00 , que em uma livraria em Belém estava custando R$ 150,00?
Este textinho é um incentivo ao hábito não apena de ler, mas de valorizar os sebos.
Realmente você pode ter muitas surpresas ao comprar um livro usado...
Posso ainda dar uma opinião ambientalista, quanto mais comprarmos em sebos menos árvores estarão sendo derrubadas para fazer novos livros.
Em 2009 André Garcia, criador do site Estante Virtual, teve um espaço na Bienal do Livro em SP onde ocorreu o clube da "Troca do Livro", o resultado foi incrível, cerca de 20 mil livros foram trocados durante a bienal.
"Queríamos que as pessoas degustassem o acervo dos sebos que fazem parte do Estante Virtual sem ter que gastar dinheiro por isso. A ideia era potencializar o valor das trocas. E funcionou, as pessoas entram aqui com best-sellers e saem com literatura clássica." (Gabriel)
"Para a equipe do Estante Virtual, promover uma grande ação de trocas em meio à Bienal do Livro é um manifesto contra os altos preços praticados pelo grande mercado - do qual o site não faz parte." Fonte: O Globo_Blogs)
André Garcia, diretor do site e idealizador da ação que movimentou a Bienal do Livro.
Se você é alérgico, cuidado coma poeira!
Pense nisso e boa leitura!
SITE ESTANTE VIRTUAL: http://www.estantevirtual.com.br/
A monotonia em reflexão...
domingo, 7 de outubro de 2012
Pesca predatória: o terror dos oceanos.
Estive refletindo e cheguei a uma conclusão que posso estar errada, mas talvez o consumo de pescados seja mais danoso para o meio ambiente do que o consumo de carne.
Quando falo “pescado”, refiro-me a toda e qualquer espécie proveniente de áreas aquáticas como: peixes, cetáceos, quelônios, crustáceos, etc.
Imaginem...
Na agropecuária uma área é devastada para a criação de gado, morre gado e nasce gado e aquela área será a mesma até quando não tiver mais como o solo produzir o alimento dos animais. Quando isto acontece há a reposição dos animais para outra área, ou seja, outra área gigantesca será devastada e passará por este processo até o fim.
Agora pensem, animais criados em fazendas como bois, porcos, galinhas, etc. são o “carro chefe” do cardápio de quem come carne. Avançamos em questão de domesticação e estes animais não mais vivem livres na natureza, se tornaram totalmente dependentes dos humanos para a sobrevivência e no futuro serão abatidos para consumo. Cruel...
Agora não domesticamos peixes, quelônios ou crustáceos e quando criamos em cativeiro, a reprodução dos mesmos não é em nível do animal livre na natureza. Basta você pensar que muitos peixes precisam migrar para poder reproduzir, na própria Amazônia temos o evento conhecido como piracema. Crustáceos vivem em diferentes níveis tróficos nos diferentes momentos da vida, situação que não é fácil reproduzir em um ambiente artificial.
Animais aquáticos estão sujeitos à poluição de rios, baia, lagos, mares, oceanos, etc. áreas para onde vai boa parta dos esgotos das cidades de quase todo o mundo, é muito difícil haver um controle, pois as áreas aquáticas são todas interligadas (ao contrário das fazendas que são isoladas, um impacto em uma não atingirá os animais de outra).
(Pesca predatória)
Não há apenas o lixo proveniente das habitações comuns, há também o lixo industrial, este que talvez seja o pior em nível de poluição, despejando nas águas grandes quantidades de cal, mercúrio, etc. Os animais inevitavelmente irão se intoxicar com estes elementos e conforme aumentar o nível do consumidor na cadeia alimentar, maior será a concentração dos elementos tóxicos nos seus organismos.
A pesca predatória está “matando” os oceanos ao retirar de forma totalmente grosseira toneladas e toneladas de peixes das águas, sem contar que quando a rede é jogada na água animais que não são de interesse comercial são capturado acidentalmente, ficando presos e morrem afogados, como cetáceos, sirênios e quelônios.
(Camponeses de uma localidade do leste da China mataram deliberadamente, jogando na água 560 quilos de pesticida, todos os peixes de um lago na província de Anhui)
Vamos supor um exemplo, a pesca da sardinha, talvez seja a espécie de maior consumo entre os pescados, a pesca da sardinha é feita por milhares de embarcações com redes quilométricas, capturando milhões de toneladas anualmente. A pesca normalmente é ilegal e não leva em consideração o período reprodutivo do animal. Sem contar que a maior parte dos oceanos não possui uma proteção legal, pois não há limites sobre qual país uma determinada área faz parte, com isso eles ficam expostos a qualquer tipo de exploração. É por este motivo que ainda há a caça ilegal de baleias e golfinhos, pois ela acontece em áreas fora da "proteção" do Japão.
Ao capturar sardinhas estamos deixando os animais que se alimentam dela morrerem de fome, assim afetando consideravelmente a cadeia alimentar oceânica. Pois um ecossistema é totalmente interligado, necessitando de todas as espécies para que haja comunhão nas produções de recursos. Basta você imaginar quem são os principais predadores naturais da sardinha, estes animais serão gravemente afetados pela escassez do alimento, o que não será apena a morte por fome o principal problema, mas uma futura extinção por não haver reprodução dos mesmos.
Olhe que nem aprofundei no assunto da cadeia alimentar...e as aves, como ficam?? Reflita!
Voltando a criação de animais de fazenda, o homem é o principal consumidor destes animais, se acabarmos definitivamente com a produção dos mesmos não haverá nenhum tipo de impacto negativo nas populações desses animais criados, pelo contrário, será totalmente benéfico, pois menos pastos, menor liberação de gases, menos resíduos tóxicos, menos gasto de água, etc. sem contar que a floresta poderia progredir, abrigando em seu interior um maior número de espécies vegetais e animais, isto que contribuiria de forma espetacular para a manutenção do clima estável na terra.
Isto tudo sem contar que não estaremos mais sacrificando milhões de animais para consumo, visto que já temos uma variedade infinita de alimentos que substituem as demandas alimentícias que a carne possui.
Quando falo “pescado”, refiro-me a toda e qualquer espécie proveniente de áreas aquáticas como: peixes, cetáceos, quelônios, crustáceos, etc.
Imaginem...
Na agropecuária uma área é devastada para a criação de gado, morre gado e nasce gado e aquela área será a mesma até quando não tiver mais como o solo produzir o alimento dos animais. Quando isto acontece há a reposição dos animais para outra área, ou seja, outra área gigantesca será devastada e passará por este processo até o fim.
Agora pensem, animais criados em fazendas como bois, porcos, galinhas, etc. são o “carro chefe” do cardápio de quem come carne. Avançamos em questão de domesticação e estes animais não mais vivem livres na natureza, se tornaram totalmente dependentes dos humanos para a sobrevivência e no futuro serão abatidos para consumo. Cruel...
Agora não domesticamos peixes, quelônios ou crustáceos e quando criamos em cativeiro, a reprodução dos mesmos não é em nível do animal livre na natureza. Basta você pensar que muitos peixes precisam migrar para poder reproduzir, na própria Amazônia temos o evento conhecido como piracema. Crustáceos vivem em diferentes níveis tróficos nos diferentes momentos da vida, situação que não é fácil reproduzir em um ambiente artificial.
Animais aquáticos estão sujeitos à poluição de rios, baia, lagos, mares, oceanos, etc. áreas para onde vai boa parta dos esgotos das cidades de quase todo o mundo, é muito difícil haver um controle, pois as áreas aquáticas são todas interligadas (ao contrário das fazendas que são isoladas, um impacto em uma não atingirá os animais de outra).
(Pesca predatória)
Não há apenas o lixo proveniente das habitações comuns, há também o lixo industrial, este que talvez seja o pior em nível de poluição, despejando nas águas grandes quantidades de cal, mercúrio, etc. Os animais inevitavelmente irão se intoxicar com estes elementos e conforme aumentar o nível do consumidor na cadeia alimentar, maior será a concentração dos elementos tóxicos nos seus organismos.
A pesca predatória está “matando” os oceanos ao retirar de forma totalmente grosseira toneladas e toneladas de peixes das águas, sem contar que quando a rede é jogada na água animais que não são de interesse comercial são capturado acidentalmente, ficando presos e morrem afogados, como cetáceos, sirênios e quelônios.
(Camponeses de uma localidade do leste da China mataram deliberadamente, jogando na água 560 quilos de pesticida, todos os peixes de um lago na província de Anhui)
Vamos supor um exemplo, a pesca da sardinha, talvez seja a espécie de maior consumo entre os pescados, a pesca da sardinha é feita por milhares de embarcações com redes quilométricas, capturando milhões de toneladas anualmente. A pesca normalmente é ilegal e não leva em consideração o período reprodutivo do animal. Sem contar que a maior parte dos oceanos não possui uma proteção legal, pois não há limites sobre qual país uma determinada área faz parte, com isso eles ficam expostos a qualquer tipo de exploração. É por este motivo que ainda há a caça ilegal de baleias e golfinhos, pois ela acontece em áreas fora da "proteção" do Japão.
Ao capturar sardinhas estamos deixando os animais que se alimentam dela morrerem de fome, assim afetando consideravelmente a cadeia alimentar oceânica. Pois um ecossistema é totalmente interligado, necessitando de todas as espécies para que haja comunhão nas produções de recursos. Basta você imaginar quem são os principais predadores naturais da sardinha, estes animais serão gravemente afetados pela escassez do alimento, o que não será apena a morte por fome o principal problema, mas uma futura extinção por não haver reprodução dos mesmos.
Olhe que nem aprofundei no assunto da cadeia alimentar...e as aves, como ficam?? Reflita!
Voltando a criação de animais de fazenda, o homem é o principal consumidor destes animais, se acabarmos definitivamente com a produção dos mesmos não haverá nenhum tipo de impacto negativo nas populações desses animais criados, pelo contrário, será totalmente benéfico, pois menos pastos, menor liberação de gases, menos resíduos tóxicos, menos gasto de água, etc. sem contar que a floresta poderia progredir, abrigando em seu interior um maior número de espécies vegetais e animais, isto que contribuiria de forma espetacular para a manutenção do clima estável na terra.
Isto tudo sem contar que não estaremos mais sacrificando milhões de animais para consumo, visto que já temos uma variedade infinita de alimentos que substituem as demandas alimentícias que a carne possui.
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
É pra falar de vegetarianismo? Uma abordagem social, ambiental e política.
FALTA INSERIR A QUESTÃO POLÍTICA DO CONFLITO NORTE-SUL NESTE TEXTO
Escrevi este texto em julho deste ano (2012) para o meu blog "Conscientização através da ciência" que foi um verdadeiro fiasco, pois a quantidade de acessos foi completamente vergonhoso...Agora venho postar aqui no Itinerário Interno, blog
que já tenho uma boa quantidade de visitantes.
´
Pela influência da internet houve uma maior divulgação a respeito dos diversos tipos de barbáries contra os animais cometidas pelo homem. Acessamos o facebook e vemos centenas de posts referentes a estes atos, assim como “milhões” referentes ao amor que devemos ter para com eles. É bonitinho e comovente, mas assim que a pessoa ver uma história de quadrinho engraçada a imagem com tal mensagem anterior irá desaparecer completamente de sua cabeça.
Aumentam os grupos de defesa animal e esta pseudopreocupação na sociedade a cada dia, tenho um projeto em mãos que trata da referida temática e após meses ainda não consegui espaço nem pessoa aptas a leva-lo adiante. Neste domingo 24/06 conversei com uma das responsáveis por um grupo de jovens de uma determinada igreja, percebi que não há espaço para qualquer ação que não seja referente à religião, nas escolas os responsáveis também não demonstram qualquer interesse para divulgar tal ação para a comunidade escolar… Não há necessidade de qualquer investimento por parte deles, e mesmo assim nada, a necessidade é apena de um local com um grande número de pessoas, principalmente jovens. Esta ação não é focada no vegetarianismo, mas no direito animal como um todo, das formas de exploração e leis vigentes nos mais diversos locais do mundo, mas isto não é o ponto que quero tratar neste texto.
Muito se trata a respeito de toda e qualquer forma de abolição aos maus tratos e exploração acometida contra os animais, frente a este fato vemos a cada dia crescer o número de vegetarianos que se sentem “sensibilizados” com esta situação, é comum a afirmação: “os animais são nossos amigos, e não devemos comê-los!”. É até cômico, será que quem toma tal atitude não consegue ver que o vegetarianismo não passa de uma irrisória fração de menos de 0,001% de você realizar algo para mudar tal situação?
Antes de tudo quem vos fala é uma vegetariana, venho por meio deste texto abordar uma temática que ainda não está visível para quem pretende se tornar um vegetariano ou mesmo para quem não possui qualquer interesse neta prática. Achei bom resaltar minha posição, para que este texto não pareça ter sido feito por um onívoro revoltado.
É muito fácil você achar um grupo que lute pela causa animal em busca de direito e contra o especismo (achar que uma espécie é melhor do que outra). Você pode conhecer as ações de alguns grupos ou indivíduos e verá apenas a pregação do “SEJA VEGETARIANO”, porém não nada além daquilo, devemos ser capazes de construir opiniões sólidas, plausíveis e relevantes quando alguém questiona ou argumenta determinadas situações.
Não basta você pregar para uma pessoa que ela não deve comer um animal, “pois eles são amigos!”, quem ouvir pode até rir frente a tal argumento infantil. Deve haver toda uma informação a respeito de alternativas as demandas nutricionais que temos (que realmente existe), assim como toda a questão por trás da pecuária, criações de aves, pesca predatória, etc. E o que estas práticas causam de impacto a nível social, ambiental e político. Sem contar uma questão da influência da história do desenvolvimento das religiões, o que influenciou bastante, havendo uma grande influência nos hábitos alimentares entre o ocidente e o oriente, mas não tratarei de tal questão aqui para não haver desavenças.
Há um caminho enorme, além disso, as ações não devem ser focadas apenas na questão alimentar, pois esta é a mais difícil de mudar já que o consumo de carne é um hábito milenar na sociedade. O mínimo que for feito para mudar o nível de impacto no meio ambiente como um todo já é um passo, como: ações que estimulem a reciclagem, meios alternativos de produção de energia, reaproveitamento de áreas degradadas para cultivo de vegetais, etc. Podemos diminuir em muito a exploração animal, não vou ser ingênua e dizer que chegaremos a um posto que haverá total abolição, pois frente ao avanço atual, em frente ao tamanho da população mundial, isto se torna extremamente utópico.
A seguir algumas abordagens referentes a esta temática, vale ressaltar que quando falo “O consumo de carne” estou me referindo à carne proveniente de gado e de alguns animais aquáticos.
O consumo de carne e a água:
Que tipo de relação pode haver entre o consumo de carne e a questão da escassez da água? É um assunto que comumente vemos ser divulgado na mídia, mas não há um esclarecimento sobre os motivos dos impactos.
Em 2004, o Instituto Internacional da Água de Estocolmo publicou um relatório relacionando o perigo da escassez de água e o consumo desenfreado de carne da população mundial. Mas qual seria esta relação?
Há uma grande demanda de água para a pecuária, segundo pesquisas da Embrapa, para a produção de um quilo de carne bovina são gastos cerca de 15 mil litros de água, este gasto se dá por meios como: manter a quantidade hídrica necessária no corpo do gado para manutenção do metabolismo (a água no bovino representa cerca de 65% do peso do corpo), construção de açudes, irrigação do pasto, banho, limpeza dos abatedouros, cultivo de grão para alimentar o gado, etc.
Segundo pesquisas da Universidade de Cornell, nos EUA, a dieta americana gasta em média 5,4 m³ de água por dia, o dobro de uma dieta vegetariana, por exemplo, para produzir meio quilo de batata é usado cerca de 227 litros de água, enquanto que para produzir 100 grama de bife é usado 7 mil litros.
Para se obter um nível sustentável para o consumo da água se faz necessário mudar o hábito alimentar da sociedade, diminuído a demanda de certos produtos. Uma dieta com menos carne, mais frutas, verduras e legumes além de ser mai saudável também economiza água.
Em relação aos animais aquáticos vou tratar mais especificamente sobre os peixes.
Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente 150 zonas entre mares e oceanos do mundo são consideradas “zonas mortas”, pois não há qualquer tipo de vida nelas, isto é um resultado da falta de oxigênio nessas áreas. Isso ocorre devido à contaminação intensa de fertilizantes agrícolas e poluição industrial, que chega a atingir até 70.000 km² em algumas áreas. Esta contaminação por metais, como mercúrio, afeta consideravelmente o ecossistema, e vai aumentando a concentração nos organismos dos animais conforme aumentar o nível dos organismos na cadeia alimentar.
Somado a este problema temos o crescimento descontrolado da pesca predatória industrial, segundo dados deste programa, existem circulando pelos nos oceanos o dobro de barcos necessários para haver uma pesca sustentável. O estoque de peixes tem diminuído a nível mundial, porque sua produção não está acompanhando o ritmo da pes
ca e somente 0,01% dos oceanos está interditado para a atividade pesqueira.
A poluição ambiental e a fome
Segundo um estudo feito pelo Centro de Pesquisas Florestais Internacionais em 2010, 2,5 milhões de hectares da floresta amazônica legal brasileira foram destruídos e hoje a pecuária é o principal veículo deste desmatamento. A maioria da carne produzida nos países da América Central é para abastecer as indústrias de fast-food nos EUA.
Muito se critica esta produção de soja que desmata a Amazônia, porém não é divulgado o verdadeiro destino do grão. Grande parte deste desmatamento da Amazônia se deve para o cultivo de grãos, principalmente de soja, que são produzidos para alimentar o gado, ou seja, a soja é uma rica fonte de proteína (e seria uma ótima opção para alimentar uma boa parte da população), porém a população pobre continua desnutrida e sem acesso a carne. Esta mesma situação acontece com o milho, onde a maioria da produção é destinada para o consumo animal. Então, se você se alimenta de carne, inevitavelmente estará estimulando esta produção.
Segundo dados do IBGE, um boi produz em média 210 kg de carne após 5 anos utilizando um espaço de 4 hectares de terra. Neste mesmo tempo e espaço poderia ser produzido: 8 toneladas de feijão, 16 de arroz, 32 de soja ou 23 de trigo.
Segundo dados da Organização de Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO) o setor de abate é o segundo maior responsável pela emissão de gases causadores do efeito estufa, ficando atrás apenas das emissões industriais. Hoje, temos o Brasil ocupando o 4° lugar entre os países responsáveis pelo efeito estufa, isso devido, principalmente ao desmatamento da Amazônia para a criação de gado e produção de grãos.
Ainda temos outro problema que agrava a situação do meio ambiente, a produção de alimentos transgênicos, que de acordo com a ANVISA e o IBAMA, a liberação no Brasil foi feita sem os devidos estudos de impacto a saúde e ao maio ambiente.
Estamos em frente a uma situação de calamidade, pois a produção de carne vem crescendo cada vez mais e com ela a necessidade de áreas para o plantio dos alimentos para os animais. Porém ainda temos boa parte da população longe desta produção, ou seja, boa parte da população ainda vive em condições de subnutrição. Segundo o filósofo Willian Stephens, PhD na Universidade de Creigthton, se diminuíssem em 10% o consumo de carne por um ano, teríamos 12 milhões de toneladas de grãos disponíveis para o consumo humano e segundo Sergio Greiff, coordenador da sociedade vegetariana brasileira, se 0,3% dos grãos utilizados fossem utilizados para alimentar humanos, seria possível salvar da desnutrição cerca de 6 milhões de crianças menores de 5 anos.
Agora vamos ser realistas, como competir com as decisões dos governos? É simples, ir contra estas políticas é uma decisão de cada cidadão para que assim haja uma mudança em grande escala. O atual modelo agroexportador incentiva a produção de carne voltada para os mercados internacionais, tendo a Venezuela como principal comprador, pois é este investimento que garante o aumento da economia do país, fazendo com que hoje o Brasil esteja entre os maiores exportadores de gado “em pé”.
FALTA INSERIR A QUESTÃO POLÍTICA DO CONFLITO NORTE-SUL NESTE TEXTO
Então, após 4 páginas de críticas e argumentações contra a produção de carne e o impacto causado a nível social e ambiental, como fazer para mudarmos a alimentação? De que se alimentar após cortarmos a carne da alimentação? Existem alimentos que irão suprir todas as nossas necessidades nutricionais?
A partir deste ponto passarei a fazer abordagens referentes as alternativas alimentícias que temos, porém deve haver um interesse do indivíduo em ir atrás dos seus alimentos. Uma alimentação vegetariana não apenas estará contribuído para diminuir o impacto ao meio ambiente como também garante melhor saúde para quem adquirir tal dieta.
A alternativa vegetariana
É muito comum ver em guias nutricionais a recomendação para diminuir o teor de gorduras da alimentação, principalmente as saturadas, e que devemos no alimentar com mais frutas, verduras, fibras, grãos e legumes. Em junho de 2003 a Associação Dietética Americana publicou um estudo que prova que uma dieta vegetariana é capaz de suprir todas as necessidades que temos de proteína, ferro, cálcio, vitamina D, vitamina B12, vitamina A, ácidos graxos, ômega 3 e iodo. A dieta vegetariana além de ter um baixo teor de gordura saturada e colesterol, ao mesmo tempo contém um alto teor de carboidratos, fibras, magnésio, potássio e antioxidantes como as vitaminas A e C.
Ainda segundo este estudo há a confirmação que uma dieta vegetariana não somente contribui para uma melhor saúde, mas também pode prevenir e curar doenças.
A carne é uma ótima fonte de proteínas, lipídios, ferro, minerais, zinco e ômega 3 (peixes), mas onde encontrar em alimentos vegetais? No próximo post vou tratar sobre quais alimentos possuem estes elementos para que a substituição seja eficiente. Porém desde já é muito importante ressaltar que não existe nenhum alimento de origem vegetal que substitua completamente os nutrientes encontrados na carne, é necessário haver uma ampla pesquisa sobre esta demanda nutricional e a nova dieta que se deve ter para poder suprir todas as necessidades.
Conheça a alimentação vegetariana, a seguir o link de alguns pontos em Belém:
Veg Casa:
http://vegcasa.blogspot.com.br/
Govinda:
http://restaurantegovindabelem.blogspot.com.br/2010/05/o-melhor-da-culinaria-lacto-vegetariana.html
Outros:
http://vegetarianosemmovimento.blogspot.com.br/2010/06/restaurantes-lanchonetes-e-sorveterias.html
Autora: Madlene
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
O CAOS: SUPERPOPULAÇÃO (NATGEO)
Título Original: Population Overload – Aftermath.
"Considerando as condições médias da produção de alimentos nas terras agrícolas, onde os meios de subsistência, nas mais favoráveis das circunstâncias, só poderiam aumentar no máximo, em progressão aritmética enquanto que a população humana vai aumentando em progressão geométrica e desta forma concluiu que não vai dar para alimentar toda a superpopulação." ( Thomas Malthus)
Nesta sexta foi exibido no National Geographic Channelo documentário “O caos: superpopulação” que faz uma abordagem referente ao caos que o mundo enfrentaria com a mega explosão populacional, a abordagem do programa é em cima de uma população mundial de 14 bilhões de habitantes, o dobro do que temos atualmente, sendo que esse número foi alcançado apenas em 6 meses de forma repentina (é loucura, mas vamos lá). O que é interessante no programa é uma ordem cronológica do caos que ele aborda de forma meio que apocalíptica. Creio que quem assistir vai ficar vidrado na TV vendo crise por crise que o mundo pode enfrentar com esse crescimento desenfreado. Pude assistir este episódio meio que por acaso e fiz várias anotações, a seguir faço um resumo do que pode acontecer conforme o passar do tempo:
Após 6 meses:
Após 6 meses que houve esta explosão populacional repentina não haverá o número de habitações suficiente para todos, com isso haverá uma necessidade urgente e extrema de novos prédios (pois não haverá lugar suficiente para casas), cada vez mais os prédios terão maiores números de andares (arranhas céus), assim como apartamentos menores, isso para suportar o maior número de pessoas possível.
A quantidade de alimento não será o suficiente, então haverá a necessidade de maiores pastos para a criação de gado para atender a demanda mundial, com isso haverá um desmatamento extremo em áreas florestais para a pecuária, segundo o programa, essa área teria um tamanho aproximado ao da América do Sul.
Em relação aos campos para a produção de grãos estimou-se que o tamanho necessário seria de aproximadamente ao de 2 vezes o tamanho dos EUA. A África do Norte usaria dutos que puxassem a água do Egito para regar estes novos campos. A produção de leite atrasaria consideravelmente, pois seria necessário esperar o gado crescer para poder dar o leito. Toda essa situação geraria uma hiperinflação. Hoje, o EUA que é um dos maiores exportadores de grão mundiais, iria parar de exportar por falta de campos cultiváveis e água o suficiente.
Quanto mais gente no mundo, maior será o numero de carros circulando, com isso não haverá estradas o suficiente para tantos carros, elas começariam a ser fechadas para reparo e novas construções, isso geraria um colapso nas importações e importações, principalmente.
Após um ano:
Após esse tempo começaria a crise de moradia, pois a indústria civil não teria como atender uma população que dobrou em 6 meses, muitas pessoa iriam morar nas ruas em grandes acampamentos. Haveria a necessidade de mais metrôs e trens, já que não o número de carros nas ruas é extremamente absurdo e o transito quase não anda. O sistema de água e esgoto não iria conseguir atender a quantidade extrema de resíduos, então, as inundações de bueiros que ocorriam esporadicamente somente com grandes chuvas, agora seria algo rotineiro. O que transbordaria dos esgotos iria escoar para os rios, com isso, a água ficaria poluída de tal maneira que a população começaria a adquirir doenças que até então não eram comuns, como surtos de diarreia, cólera e a febre tifoide.
O que fazer com o lixo produzido por uma população de 14 bilhões de pessoas? A crise seria extrema, pois não será fácil se desfazer destes resíduos. Então aumentaria o número de animais que se beneficiam deste material e que transmitem doenças, como ratos e baratas. Haveria uma epidemia de doenças como meningite, insuficiência renal e leptospirose.
A partir de agora vamos passar a sobreviver com 1% da água doce do planeta, com isso iniciaria uma crise absurda e a melhor solução seria o racionamento da água. E as plantações, como sobreviveriam sem água? Haveria agora uma ampla pesquisa em produzir plantas modificadas geneticamente que necessitem de menor quantidade de água para viver.
A energia elétrica não será o suficiente, com isso começaria o investimento em usinas termoelétricas, como essa energia demoraria a chegar a toda população, começaria os toques de recolher.
Um mundo em crise de alimento, água e energia começaria a entrar em desespero, aumentaria o desemprego e a violência, já não haveria lei e ordem nas ruas. A poluição proveniente das usinas termoelétricas que queimas madeira, plantas, carvão, etc. afetariam a população, mas de que forma? Fumaças invadiriam a cidade e demorariam dias para passar, isso causaria sérios problemas respiratórios e em muitos casos, o óbito. A falta de água afetaria a indústria civil, pois é preciso de uma enorme quantidade de água para a produção do ferro.
Como estaremos enfrentando paralelamente a crise de energia, os novos arranhas céus projetados vão passar longos períodos em construção.
Após um ano cada vez mais diminui a quantidade de água doce disponível, então, começariam os investimento em usina de dessalinização da água do mar, a grande quantidade de energia utilizada subiria consideravelmente o preço da água. Estas usinas não são utopia, pelo contrário, já existem e já funcionam em alguns locais do mundo como no Oriente Médio. A maior planta de dessalinização do Mundo é a localizada em Hadera, norte de Israel [1], seguida pela de Jebel Ali - Phase 2 nos Emirados Árabes Unidos.
Após 7 anos:
A partir de agora diminuiria a circulação de pequenos carros nas ruas, devido ao preço da gasolina, e crise mundial. As pessoas vão ser obrigadas a usar transportes públicos e a andar de bicicletas (novas ciclovias serão de extrema necessidade). Também haverá um maior investimento em energia limpas como a solar e a eólica. A água de rios e lagos estão secando, agora teremos que ir buscar água em outros locais, a saída será os aquíferos subterrâneos. A exploração destes aquíferos irá abalar com as estrutura dos arranha-céus, com o tempo alguns irão desabar e o medo tomará conta das pessoas, estas que começarão a abandonar os grandes centros urbanos e a ir morar em volta dos rios secos e poluídos.
Após 10 anos:
Após 10 anos em que a população ultrapassou a marca dos 14 bilhões, começa a agora a migrações em massa, populações inteiras vão atrás de um ambiente ameno para morar, vão atrás de lugares que a natureza ainda disponibilize seus recursos.
Cidades inteiras são abandonadas, os rios secaram e já não se encontra mais água com facilidade, a partir desse momento começam as mortes por falta deste recurso tão precioso que anos atrás não demos valor. Por desespero a nível global os governos chegam a pensar na possibilidade de usar a água contida nas calotas polares, já que são compostas por água doce, segundo o que foi tratado no programa essas calotas serão explodidas com o uso de dinamites para o posterior consumo da água.
Algo de errado que pude presenciar neste programa é que não há uma abordagem referente ao efeito estufa, pois imagine uma população acima dos 14 bilhões... Com essa quantidade de gente perambulando no mundo a exploração dos recursos estaria além do imaginável, de certo as calotas polares já estão em um processo bem avançado de derretimento e não lá guardadinhas em imensas geleiras.
Avançando em 35 anos no futuro após o suposto evento, os problemas estabilizaram mas a qualidade de vida ainda continua péssima e nada comparada ao passado. Com o tempo as imensas populações vão aglomerar-se em volta dos rios, os grandes centros urbanos que outra hora foram disputada, agora estão abandonados. Essa aglomeração será em busca de qualquer quantia irrisória da água, esta que está mais poluída do que nunca e os rios cada vez mais secos...
Pretendo ir atrás de onde foram tirados este dados, mas por pura lógica de quem ler ou assistir o programa vai perceber que não há nada de sobrenatural, na verdade faz bastante sentido a maior parte do que foi tratado. Há um tempo escrevi uma resenha sobre o filme Idiocracy e é bem fácil fazer uma análise referente às semelhanças do que é abordado no filme e neste episódio de “O caos: superpopulação”.
" Segundo a ONU, para garantir um nível sustentável de população, todos os países devem, o mais rápido possível, baixar para uma taxa de fecundidade de 1,85 e ali se manter durante um século antes de retornar ao limiar da substituição. Esse esquema corresponde mais ou menos à evolução seguida pelos países ocidentais. No entanto, ele parece bem ambicioso. “Nada garante que a melhora do planejamento familiar nos países em desenvolvimento continuará; em alguns países, ela está em recuo”, lamenta Buettner. A taxa de fecundidade dos países menos avançados permanece em uma média de 4,29. Uma dezena de países, a maior parte na África, ainda não iniciaram sua transição demográfica. “A Ásia e a América Latina reduziram sua natalidade bem mais rápido do que os demógrafos pensavam”, lembra Gilles Pison, diretor de pesquisa do Instituto Nacional de Estudos Demográficos. Será que a África reserva a mesma surpresa?" Fonte: http://www.ecodebate.com.br
Assista ao programa:
PARTE 1 DE 5:
http://www.youtube.com/watch?v=NDFWtX7fVdo
PARTE 2 DE 5:
http://www.youtube.com/watch?v=3K-W3JdIUok&feature=fvwrel
PARTE 3 DE 5:
http://www.youtube.com/watch?v=o7CFR7NZjIk&feature=relmfu
PARTE 4 DE 5:
http://www.youtube.com/watch?v=Yl7cB3i_zOQ&feature=relmfu
PARTE 5 DE 5:
http://www.youtube.com/watch?v=-h4AsHFCBOw&feature=relmfu
"Considerando as condições médias da produção de alimentos nas terras agrícolas, onde os meios de subsistência, nas mais favoráveis das circunstâncias, só poderiam aumentar no máximo, em progressão aritmética enquanto que a população humana vai aumentando em progressão geométrica e desta forma concluiu que não vai dar para alimentar toda a superpopulação." ( Thomas Malthus)
Nesta sexta foi exibido no National Geographic Channelo documentário “O caos: superpopulação” que faz uma abordagem referente ao caos que o mundo enfrentaria com a mega explosão populacional, a abordagem do programa é em cima de uma população mundial de 14 bilhões de habitantes, o dobro do que temos atualmente, sendo que esse número foi alcançado apenas em 6 meses de forma repentina (é loucura, mas vamos lá). O que é interessante no programa é uma ordem cronológica do caos que ele aborda de forma meio que apocalíptica. Creio que quem assistir vai ficar vidrado na TV vendo crise por crise que o mundo pode enfrentar com esse crescimento desenfreado. Pude assistir este episódio meio que por acaso e fiz várias anotações, a seguir faço um resumo do que pode acontecer conforme o passar do tempo:
Após 6 meses:
Após 6 meses que houve esta explosão populacional repentina não haverá o número de habitações suficiente para todos, com isso haverá uma necessidade urgente e extrema de novos prédios (pois não haverá lugar suficiente para casas), cada vez mais os prédios terão maiores números de andares (arranhas céus), assim como apartamentos menores, isso para suportar o maior número de pessoas possível.
A quantidade de alimento não será o suficiente, então haverá a necessidade de maiores pastos para a criação de gado para atender a demanda mundial, com isso haverá um desmatamento extremo em áreas florestais para a pecuária, segundo o programa, essa área teria um tamanho aproximado ao da América do Sul.
Em relação aos campos para a produção de grãos estimou-se que o tamanho necessário seria de aproximadamente ao de 2 vezes o tamanho dos EUA. A África do Norte usaria dutos que puxassem a água do Egito para regar estes novos campos. A produção de leite atrasaria consideravelmente, pois seria necessário esperar o gado crescer para poder dar o leito. Toda essa situação geraria uma hiperinflação. Hoje, o EUA que é um dos maiores exportadores de grão mundiais, iria parar de exportar por falta de campos cultiváveis e água o suficiente.
Quanto mais gente no mundo, maior será o numero de carros circulando, com isso não haverá estradas o suficiente para tantos carros, elas começariam a ser fechadas para reparo e novas construções, isso geraria um colapso nas importações e importações, principalmente.
Após um ano:
Após esse tempo começaria a crise de moradia, pois a indústria civil não teria como atender uma população que dobrou em 6 meses, muitas pessoa iriam morar nas ruas em grandes acampamentos. Haveria a necessidade de mais metrôs e trens, já que não o número de carros nas ruas é extremamente absurdo e o transito quase não anda. O sistema de água e esgoto não iria conseguir atender a quantidade extrema de resíduos, então, as inundações de bueiros que ocorriam esporadicamente somente com grandes chuvas, agora seria algo rotineiro. O que transbordaria dos esgotos iria escoar para os rios, com isso, a água ficaria poluída de tal maneira que a população começaria a adquirir doenças que até então não eram comuns, como surtos de diarreia, cólera e a febre tifoide.
O que fazer com o lixo produzido por uma população de 14 bilhões de pessoas? A crise seria extrema, pois não será fácil se desfazer destes resíduos. Então aumentaria o número de animais que se beneficiam deste material e que transmitem doenças, como ratos e baratas. Haveria uma epidemia de doenças como meningite, insuficiência renal e leptospirose.
A partir de agora vamos passar a sobreviver com 1% da água doce do planeta, com isso iniciaria uma crise absurda e a melhor solução seria o racionamento da água. E as plantações, como sobreviveriam sem água? Haveria agora uma ampla pesquisa em produzir plantas modificadas geneticamente que necessitem de menor quantidade de água para viver.
A energia elétrica não será o suficiente, com isso começaria o investimento em usinas termoelétricas, como essa energia demoraria a chegar a toda população, começaria os toques de recolher.
Um mundo em crise de alimento, água e energia começaria a entrar em desespero, aumentaria o desemprego e a violência, já não haveria lei e ordem nas ruas. A poluição proveniente das usinas termoelétricas que queimas madeira, plantas, carvão, etc. afetariam a população, mas de que forma? Fumaças invadiriam a cidade e demorariam dias para passar, isso causaria sérios problemas respiratórios e em muitos casos, o óbito. A falta de água afetaria a indústria civil, pois é preciso de uma enorme quantidade de água para a produção do ferro.
Como estaremos enfrentando paralelamente a crise de energia, os novos arranhas céus projetados vão passar longos períodos em construção.
Após um ano cada vez mais diminui a quantidade de água doce disponível, então, começariam os investimento em usina de dessalinização da água do mar, a grande quantidade de energia utilizada subiria consideravelmente o preço da água. Estas usinas não são utopia, pelo contrário, já existem e já funcionam em alguns locais do mundo como no Oriente Médio. A maior planta de dessalinização do Mundo é a localizada em Hadera, norte de Israel [1], seguida pela de Jebel Ali - Phase 2 nos Emirados Árabes Unidos.
Após 7 anos:
A partir de agora diminuiria a circulação de pequenos carros nas ruas, devido ao preço da gasolina, e crise mundial. As pessoas vão ser obrigadas a usar transportes públicos e a andar de bicicletas (novas ciclovias serão de extrema necessidade). Também haverá um maior investimento em energia limpas como a solar e a eólica. A água de rios e lagos estão secando, agora teremos que ir buscar água em outros locais, a saída será os aquíferos subterrâneos. A exploração destes aquíferos irá abalar com as estrutura dos arranha-céus, com o tempo alguns irão desabar e o medo tomará conta das pessoas, estas que começarão a abandonar os grandes centros urbanos e a ir morar em volta dos rios secos e poluídos.
Após 10 anos:
Após 10 anos em que a população ultrapassou a marca dos 14 bilhões, começa a agora a migrações em massa, populações inteiras vão atrás de um ambiente ameno para morar, vão atrás de lugares que a natureza ainda disponibilize seus recursos.
Cidades inteiras são abandonadas, os rios secaram e já não se encontra mais água com facilidade, a partir desse momento começam as mortes por falta deste recurso tão precioso que anos atrás não demos valor. Por desespero a nível global os governos chegam a pensar na possibilidade de usar a água contida nas calotas polares, já que são compostas por água doce, segundo o que foi tratado no programa essas calotas serão explodidas com o uso de dinamites para o posterior consumo da água.
Algo de errado que pude presenciar neste programa é que não há uma abordagem referente ao efeito estufa, pois imagine uma população acima dos 14 bilhões... Com essa quantidade de gente perambulando no mundo a exploração dos recursos estaria além do imaginável, de certo as calotas polares já estão em um processo bem avançado de derretimento e não lá guardadinhas em imensas geleiras.
Avançando em 35 anos no futuro após o suposto evento, os problemas estabilizaram mas a qualidade de vida ainda continua péssima e nada comparada ao passado. Com o tempo as imensas populações vão aglomerar-se em volta dos rios, os grandes centros urbanos que outra hora foram disputada, agora estão abandonados. Essa aglomeração será em busca de qualquer quantia irrisória da água, esta que está mais poluída do que nunca e os rios cada vez mais secos...
Pretendo ir atrás de onde foram tirados este dados, mas por pura lógica de quem ler ou assistir o programa vai perceber que não há nada de sobrenatural, na verdade faz bastante sentido a maior parte do que foi tratado. Há um tempo escrevi uma resenha sobre o filme Idiocracy e é bem fácil fazer uma análise referente às semelhanças do que é abordado no filme e neste episódio de “O caos: superpopulação”.
" Segundo a ONU, para garantir um nível sustentável de população, todos os países devem, o mais rápido possível, baixar para uma taxa de fecundidade de 1,85 e ali se manter durante um século antes de retornar ao limiar da substituição. Esse esquema corresponde mais ou menos à evolução seguida pelos países ocidentais. No entanto, ele parece bem ambicioso. “Nada garante que a melhora do planejamento familiar nos países em desenvolvimento continuará; em alguns países, ela está em recuo”, lamenta Buettner. A taxa de fecundidade dos países menos avançados permanece em uma média de 4,29. Uma dezena de países, a maior parte na África, ainda não iniciaram sua transição demográfica. “A Ásia e a América Latina reduziram sua natalidade bem mais rápido do que os demógrafos pensavam”, lembra Gilles Pison, diretor de pesquisa do Instituto Nacional de Estudos Demográficos. Será que a África reserva a mesma surpresa?" Fonte: http://www.ecodebate.com.br
Assista ao programa:
PARTE 1 DE 5:
http://www.youtube.com/watch?v=NDFWtX7fVdo
PARTE 2 DE 5:
http://www.youtube.com/watch?v=3K-W3JdIUok&feature=fvwrel
PARTE 3 DE 5:
http://www.youtube.com/watch?v=o7CFR7NZjIk&feature=relmfu
PARTE 4 DE 5:
http://www.youtube.com/watch?v=Yl7cB3i_zOQ&feature=relmfu
PARTE 5 DE 5:
http://www.youtube.com/watch?v=-h4AsHFCBOw&feature=relmfu
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
E aí, do que você gosta??
Se você não for um alienado banal que curte o que tiver na moda você deve ter o gosto para um determinado tipo de som, e mais especificamente para uma banda, grupo, cantor, etc. Hoje é muito comum nos depararmos com a falta de sensibilidade sonora por parte da sociedade, as pessoas não mais associam uma música ou sonoridade com algo que lhes faça refletir e/ou “viajar” (a base de droga não vale).
O que vemos hoje é o apego pelo que a mídia impõe e ignorantemente as pessoas gostam e isso vira uma febre nacional ou mundial. Vemos isto acontecer bastante com as trilhas sonoras de novelas, principalmente.
Quem dera se isso acontecesse com a trilha de determinados filmes...
O que importa mesmo é fazer as prosts mexer a bunda no verão com um biquíni “socado” ou fazer as adolescentes ingênuas escreverem trechos em seus diários ao chorar dizendo que aquela música consegue expressar todos os seus sentimentos. Mas a febre é tão curta... Logo passa e amanhã estaremos em outra... Falei de forma metafórica, mas é a assim que a sociedade vive em frente a boa parte da percepção sonora atual. Quem gostou de Rebeldes ontem, hoje já não tem um pôster no quarto, quem gosta de Michel Teló hoje amanhã mal vai lembrar o nome dele, alguém lembra aí do Restart????
Agora me digam, o que foram as bandas de 19...e... antigamente... Temos o folk, o rock and roll, o blues, o grunge, o punk e lá vai porrada...É bem comum ver o mesmo coroa curtindo seus velhos discos que ele ouviu lá na sua juventude com seus amigos brejeiros.
Minha banda preferida é o The Doors em qualquer sombra de dúvidas, infelizmente o Jim Morrison era considerado um sex simbol e muitas das mulheres que curtiam a banda não era pelo que ele tentava mostrar em suas letras dionísicas, mas pelo seu corpinho e suas calças de couro... Quando comecei a gostar do Doors nem sabia como era esse maluco.
(minha coleçãozinha)
O que despertou em mim? Sempre fui apaixonada por literatura e tenho uma queda extrema pelo decadentismo e por temáticas que aboordem uma crise existencial, falando do homem como um ser rente a terra, gosto de Rimbaud, Baudelaire, Shakespeare, Lord Byron, William Blake, etc. Com o Doors conheci a literatura musicalizada.
(Minha Bobó arrasando)
Ao conhecer as letras do Doors percebi imediatamente as mesma abordagens, e sendo elas a maioria ecrita por Jim Morrison fui pesquisar suas fonte literárias e me deparei com os mesmos escritores que já admirava. Quem gosta do The Doors lembra da letra de “The End” que trata de modo ainda mais obscuro o “Édipo Rei” de Sófocles.
Recentemente comprei o Livro “Rimbaud e Jim Morrison, os poetas rebeldes” do escritor Wallace Fowlie, professor emérito de literatura francesa da Duke University (Carolina do Norte, EUA). Ele faz uma análise da vida e obra dos dois poetas rebeldes que viveram em um tempo e em um espaço diferente, porém com um “espírito” liberto semelhante. Não vou me aprofundar no livro, pois pretendo fazer um poste somente obre ele.
Cada um sente algo diferente ao ouvir o que gosta, o @cuffman com o Lou Reed, o @Vladimir com o Rush ou o @michell que é fanatico por eddie vedder.
"Tudo o que é desordem, revolta e caos me interessa; e particularmente as atividades que parecem não ter nenhum sentido. Talvez sejam o caminho para a liberdade. A rebelião externa é o único modo de realizar a libertação interior." Jim Morrison
Mas e aí, do que você gosta?
O que vemos hoje é o apego pelo que a mídia impõe e ignorantemente as pessoas gostam e isso vira uma febre nacional ou mundial. Vemos isto acontecer bastante com as trilhas sonoras de novelas, principalmente.
Quem dera se isso acontecesse com a trilha de determinados filmes...
O que importa mesmo é fazer as prosts mexer a bunda no verão com um biquíni “socado” ou fazer as adolescentes ingênuas escreverem trechos em seus diários ao chorar dizendo que aquela música consegue expressar todos os seus sentimentos. Mas a febre é tão curta... Logo passa e amanhã estaremos em outra... Falei de forma metafórica, mas é a assim que a sociedade vive em frente a boa parte da percepção sonora atual. Quem gostou de Rebeldes ontem, hoje já não tem um pôster no quarto, quem gosta de Michel Teló hoje amanhã mal vai lembrar o nome dele, alguém lembra aí do Restart????
Agora me digam, o que foram as bandas de 19...e... antigamente... Temos o folk, o rock and roll, o blues, o grunge, o punk e lá vai porrada...É bem comum ver o mesmo coroa curtindo seus velhos discos que ele ouviu lá na sua juventude com seus amigos brejeiros.
Minha banda preferida é o The Doors em qualquer sombra de dúvidas, infelizmente o Jim Morrison era considerado um sex simbol e muitas das mulheres que curtiam a banda não era pelo que ele tentava mostrar em suas letras dionísicas, mas pelo seu corpinho e suas calças de couro... Quando comecei a gostar do Doors nem sabia como era esse maluco.
(minha coleçãozinha)
O que despertou em mim? Sempre fui apaixonada por literatura e tenho uma queda extrema pelo decadentismo e por temáticas que aboordem uma crise existencial, falando do homem como um ser rente a terra, gosto de Rimbaud, Baudelaire, Shakespeare, Lord Byron, William Blake, etc. Com o Doors conheci a literatura musicalizada.
(Minha Bobó arrasando)
Ao conhecer as letras do Doors percebi imediatamente as mesma abordagens, e sendo elas a maioria ecrita por Jim Morrison fui pesquisar suas fonte literárias e me deparei com os mesmos escritores que já admirava. Quem gosta do The Doors lembra da letra de “The End” que trata de modo ainda mais obscuro o “Édipo Rei” de Sófocles.
Recentemente comprei o Livro “Rimbaud e Jim Morrison, os poetas rebeldes” do escritor Wallace Fowlie, professor emérito de literatura francesa da Duke University (Carolina do Norte, EUA). Ele faz uma análise da vida e obra dos dois poetas rebeldes que viveram em um tempo e em um espaço diferente, porém com um “espírito” liberto semelhante. Não vou me aprofundar no livro, pois pretendo fazer um poste somente obre ele.
Cada um sente algo diferente ao ouvir o que gosta, o @cuffman com o Lou Reed, o @Vladimir com o Rush ou o @michell que é fanatico por eddie vedder.
"Tudo o que é desordem, revolta e caos me interessa; e particularmente as atividades que parecem não ter nenhum sentido. Talvez sejam o caminho para a liberdade. A rebelião externa é o único modo de realizar a libertação interior." Jim Morrison
Mas e aí, do que você gosta?
domingo, 2 de setembro de 2012
Lei proíbe animais em praças públicas
Enquanto que alguns municípios brasileiros dão passos à frente em questão de leis que melhorem as condições de vidas de nossos animais, garantindo-lhes direitos e privilégios, em Belém estamos em um processo totalmente retrógrado, no que diz respeito à ignorância de nossas políticas públicas. Em São Paulo vem crescendo o número de leis e benefícios para os animais, lá já temos o primeiro Hospital Público Veterinário, temos a Lei 14728/12 estende benefícios da nota fiscal paulista para entidades de proteção animal ou a Castração Móvel aprovado na Câmara de Sorocaba.
Agora partindo para nossa realidade medíocre...
Todos estão tendo conhecimento a respeito da Lei Municipal 7.831 que entrou vigor em Belém agora em agosto de 2012, esta que já está sendo fiscalizada na Praça Batista Campos, onde já existem várias placas indicando as novas normas. Esta lei proíbe a circulação de cães e bicicletas das 6h às 9h e de 16h às 20h, quem não obedecer a lei será advertido e multado (caso haja uma reincidência), se o infrator for menor de idade caberá ao pais o pagamento de uma multa.
Juntamente com esta lei também está em vigor a Lei 8.249 de 2003, que obriga o recolhimento dos dejetos por parte dos donos dos bichos (está sim é importantíssima). Muitos não sabem, mas em Belém temos uma lei municipal que proíbe a venda de animais em locais públicos (Lei 8.413/05), porém não há absolutamente nenhuma fiscalização nas praças e ruas para impedir este tipo de ato, e se você for denunciar a polícia dificultará de todas as formas a apreensão dos animais e a prisão dos vendedores (certa vez passamos 8 horas na delegacia para realizar uma denúncia).
Esta lei que deveria ter uma fiscalização rigorosa é apenas mais uma entre tantas leis municipais que estão à margem, que a sociedade não possui conhecimento de sua existência, enquanto que esta lei que proíbe a circulação dos animais está sendo fiscalizada com rigor e alertada com várias placas ao longo da praça.
Vamos parar para refletir, a Praça Batista Campos está localizada em uma área considerada “nobre” em Belém, pelas proximidades existem muitos prédios e conjuntos residenciais. As praças públicas são os únicos locais onde os moradores destes locais podem levar seus animais para se exercitarem, por mais que a restrição seja imposta apenas em alguns horários, isto já complica a rotina de muitas pessoas. Em relação às feiras de adoção, a AMA realiza feiras de adoção na Batista Campos esporadicamente e isso será um empecilho. A ASDEPA, UFRA, GAAV e outros grupos realizam feiras na Praça da República, e ao expandirem a fiscalização para as outras praças, isto sem dúvida irá nos prejudicar.
Lendo algumas reportagens me deparei com os argumentos do presidente da Associação de Amigos da Praça Batista Campos, José Olímpio Bastos, ele argumenta que a lei será benéfica para evitar acidentes com animais e bicicletas (que também estão proibidas nestes horários), porém ele mesmo afirma: “Nunca aconteceu, mas sempre há um risco”. Isto quer dizer que estamos atrapalhando o dia a dia dos cidadãos por algo que nunca aconteceu??
“A Guarda Municipal, responsável pela segurança das praças públicas, afirma que o trabalho, em um primeiro momento, está sendo de orientação. 'Muitos que ainda aparecem com cachorro nos horários proibidos, justificam dizendo que ainda não sabiam da lei. Agora, com as placas, acredito que será mais fácil o nosso trabalho. Pedimos a compreensão das pessoas. É preciso ter bom senso e trazer o cão apenas quando for permitido', explica o Guarda Arrenhius Calandrini.
Seremos civis que não cumprem as leis ridículas de sua cidade? É o único jeito de ir contra tais decisões, porém ao agirmos assim tudo pesará apena para o nosso lado. O que pode ainda caber a nós, cidadãos, é a realização de um abaixo-assinado para ser entregue na ALEPA ou na SEMMA com a assinatura de um advogado especialista na área, porém será bem difícil obter uma revogação da lei, pois houve voto a favor do prefeito (Edmilson). A lei é antiga, foi assinada em 2008 pelo até então prefeito Edmilson Rodrigues, porém só agora está endo cobrada. Pode tudo ser um jogo de campanha (não estou sendo partidarista com ninguém).
Obrigado
"Lei nº 7831 de 30 de abril de 1997
DISPÕE SOBRE A PROIBIÇÃO DE BICICLETAS NAS PRAÇAS, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
A CÂMARA MUNICIPAL DE BELÉM, estatui e eu sanciono a seguinte Lei:
Art 1° - Fica proibida, nas praças públicas deste Município, no horário compreendido entre as seis e nove horas e dezesseis e vinte horas, a circulação de maiores de doze anos em bicicletas e a de cães com seus respectivos condutores.
Art 2° - A inobservância ao que dispõe o artigo anterior implicará em: I - advertência II - multa de sessenta e oito UFIR's, em caso de reincidência. Parágrafo Único - Quando o infrator for menor de idade, caberá o pagamento da multa a seus responsáveis.
Art 3° - O órgão municipal competente fica obrigado a sinalizar a proibição.
Art 4° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário. PALÁCIO ANTÔNIO LEMOS, 30 de abril de 1998.
EDMILSON BRITO RODRIGUES
Prefeito Municipal de Belém"
Agora partindo para nossa realidade medíocre...
Todos estão tendo conhecimento a respeito da Lei Municipal 7.831 que entrou vigor em Belém agora em agosto de 2012, esta que já está sendo fiscalizada na Praça Batista Campos, onde já existem várias placas indicando as novas normas. Esta lei proíbe a circulação de cães e bicicletas das 6h às 9h e de 16h às 20h, quem não obedecer a lei será advertido e multado (caso haja uma reincidência), se o infrator for menor de idade caberá ao pais o pagamento de uma multa.
Juntamente com esta lei também está em vigor a Lei 8.249 de 2003, que obriga o recolhimento dos dejetos por parte dos donos dos bichos (está sim é importantíssima). Muitos não sabem, mas em Belém temos uma lei municipal que proíbe a venda de animais em locais públicos (Lei 8.413/05), porém não há absolutamente nenhuma fiscalização nas praças e ruas para impedir este tipo de ato, e se você for denunciar a polícia dificultará de todas as formas a apreensão dos animais e a prisão dos vendedores (certa vez passamos 8 horas na delegacia para realizar uma denúncia).
Esta lei que deveria ter uma fiscalização rigorosa é apenas mais uma entre tantas leis municipais que estão à margem, que a sociedade não possui conhecimento de sua existência, enquanto que esta lei que proíbe a circulação dos animais está sendo fiscalizada com rigor e alertada com várias placas ao longo da praça.
Vamos parar para refletir, a Praça Batista Campos está localizada em uma área considerada “nobre” em Belém, pelas proximidades existem muitos prédios e conjuntos residenciais. As praças públicas são os únicos locais onde os moradores destes locais podem levar seus animais para se exercitarem, por mais que a restrição seja imposta apenas em alguns horários, isto já complica a rotina de muitas pessoas. Em relação às feiras de adoção, a AMA realiza feiras de adoção na Batista Campos esporadicamente e isso será um empecilho. A ASDEPA, UFRA, GAAV e outros grupos realizam feiras na Praça da República, e ao expandirem a fiscalização para as outras praças, isto sem dúvida irá nos prejudicar.
Lendo algumas reportagens me deparei com os argumentos do presidente da Associação de Amigos da Praça Batista Campos, José Olímpio Bastos, ele argumenta que a lei será benéfica para evitar acidentes com animais e bicicletas (que também estão proibidas nestes horários), porém ele mesmo afirma: “Nunca aconteceu, mas sempre há um risco”. Isto quer dizer que estamos atrapalhando o dia a dia dos cidadãos por algo que nunca aconteceu??
“A Guarda Municipal, responsável pela segurança das praças públicas, afirma que o trabalho, em um primeiro momento, está sendo de orientação. 'Muitos que ainda aparecem com cachorro nos horários proibidos, justificam dizendo que ainda não sabiam da lei. Agora, com as placas, acredito que será mais fácil o nosso trabalho. Pedimos a compreensão das pessoas. É preciso ter bom senso e trazer o cão apenas quando for permitido', explica o Guarda Arrenhius Calandrini.
Seremos civis que não cumprem as leis ridículas de sua cidade? É o único jeito de ir contra tais decisões, porém ao agirmos assim tudo pesará apena para o nosso lado. O que pode ainda caber a nós, cidadãos, é a realização de um abaixo-assinado para ser entregue na ALEPA ou na SEMMA com a assinatura de um advogado especialista na área, porém será bem difícil obter uma revogação da lei, pois houve voto a favor do prefeito (Edmilson). A lei é antiga, foi assinada em 2008 pelo até então prefeito Edmilson Rodrigues, porém só agora está endo cobrada. Pode tudo ser um jogo de campanha (não estou sendo partidarista com ninguém).
Obrigado
"Lei nº 7831 de 30 de abril de 1997
DISPÕE SOBRE A PROIBIÇÃO DE BICICLETAS NAS PRAÇAS, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
A CÂMARA MUNICIPAL DE BELÉM, estatui e eu sanciono a seguinte Lei:
Art 1° - Fica proibida, nas praças públicas deste Município, no horário compreendido entre as seis e nove horas e dezesseis e vinte horas, a circulação de maiores de doze anos em bicicletas e a de cães com seus respectivos condutores.
Art 2° - A inobservância ao que dispõe o artigo anterior implicará em: I - advertência II - multa de sessenta e oito UFIR's, em caso de reincidência. Parágrafo Único - Quando o infrator for menor de idade, caberá o pagamento da multa a seus responsáveis.
Art 3° - O órgão municipal competente fica obrigado a sinalizar a proibição.
Art 4° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário. PALÁCIO ANTÔNIO LEMOS, 30 de abril de 1998.
EDMILSON BRITO RODRIGUES
Prefeito Municipal de Belém"
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
One For The Road - The Kinks
Você já ouviu falar da banda britânica The Kinks?
Fazendo um breeeve apanhado, o The Kinks surgiu em Muswell Hill, Londres e foi fundada pelos irmãos Ray Dane Dave Davies em 1964. Foi considerada como uma das bandas da invasão britânica da década de 60. Durante os 32 anos de duração da banda ela teve Ray e Daves como os únicos integrantes originais, o restante dos integrantes foram constantemente substituídos ao longo da sua carreira.
Infelizmente o The Kinks é uma banda extremamente desconhecida, em relação a trilhas sonoras, só vi ter uma canção no filme “Piratas do Rock”, filme fodão onde a trilha sonora só era da década de 60, a canção escolhida foi All Day and All of the Night do primeiro álbum lançado. Também é uma tristeza conseguir algo deles pela net, seja lá o que for....
A fama do The Kinks foi alcançada em 1964 com seu terceiro single “You Really Got Me", sucesso que alcançou o topo das paradas no Reino Unido e entrou no Top 10 nos Estados Unidos. Podemos dizer que o auge do Kinks foi no período da década de 60, com os discos Face to Face, Kinda Kinks, Kinks-Size, etc. Os álbuns lançados a partir deste período não foram muito aceito pelo público, pois em muito houve uma mudança da sonoridade inicial, assim como um certo apanhado teatral na apresentações...
Já no final da década de 70, os trilhos da música já estavam mudando e agora as bandas estavam seguindo um ritmo de um rock mais “sujo” com distorções de guitarra e deixando o colorido do movimento hippie de lado. Foi em 1979 que o Kinks lançou o álbum “Low Budget”, a sonoridade deste álbum foi totalmente diferente dos padrões que o Kinks já havia mostrado ao público (não vou me prender a falar das letras sarcásticas ou críticas da banda, pois esta era uma de suas características desde sua criação). Não era a banda de terninho da década de 60, nem os cabeludos hippies de 70.
Vemos em Low Budget muita guitarra distorcida e alta acompanhando uma bateria porrada, um rock and roll bem envolvente que dá vontade de bater cabeça, acompanham essa características principalmente as músicas: Attitude, Preassure (lembra a introdução de johnny b goode) , (Wish I Could Fly Like) Superman, Low Budget e Mirery. Tem até um blues bacaninha, a 8° canção do álbum, chamada A Gallon Off Gas.
Este álbum é firme, porém a gravação de estúdio deixou a desejar um pouco, se você ouvir somente a gravação de estúdio pode ter até uma decepção com o Kinks, mas garanto que se ouvir a gravação ao vivo vai pirar, nenhuma das pessoas que apresente o Kinks veio de mimimi. A piração gama vai mesmo surgir se você assistir o show “One for the Road” gravado em 1979 (ao vivo) neste show constam todas as canções de Low Budget, assim como as principais canções da carreira da banda, como Lola, You Really Got Me, foi All Day and All of the Night e Victoria.
A alma desse show é a música Superman. Infelizmente você não vai achar para vender em canto nenhum este show, mas pode ver alguns vídeos postados no youtube. Vou deixar os links aqui para você conhecer um pouco do The Kinks neste show.
O DVD é composto por 12 faixas que são:
1- All Day and All of the Night;
2- Lola;
3- Low Budget;
4- Superman;
5- Attitude;
6- Celluloid Heroes;
7- The Hard Way;
8- Where Have All the Good Times Gone;
9- You Really Got Me;
10- Preassure;
11- Catch Me Now I'm Falling;
12- Victoria.
Após as faixas do show podemos acompanhar nos EXTRAS do DVD, 4 clipes oficiais do Kinks:
1- Come Dancing;
2- Predictable;
3- State of confusion;
4- Don’t forget to dance;
Superman:
http://www.youtube.com/watch?v=iE_FpRvoKnw
Low Budget:
http://www.youtube.com/watch?v=0HEW5bXqKbU
You Really Got Me:
http://www.youtube.com/watch?v=aCbl8cgUkEM&feature=related
Victoria:
http://www.youtube.com/watch?v=vW-JYsF3xHI
Lola:
http://www.youtube.com/watch?v=C__CgQlaykI
Fazendo um breeeve apanhado, o The Kinks surgiu em Muswell Hill, Londres e foi fundada pelos irmãos Ray Dane Dave Davies em 1964. Foi considerada como uma das bandas da invasão britânica da década de 60. Durante os 32 anos de duração da banda ela teve Ray e Daves como os únicos integrantes originais, o restante dos integrantes foram constantemente substituídos ao longo da sua carreira.
Infelizmente o The Kinks é uma banda extremamente desconhecida, em relação a trilhas sonoras, só vi ter uma canção no filme “Piratas do Rock”, filme fodão onde a trilha sonora só era da década de 60, a canção escolhida foi All Day and All of the Night do primeiro álbum lançado. Também é uma tristeza conseguir algo deles pela net, seja lá o que for....
A fama do The Kinks foi alcançada em 1964 com seu terceiro single “You Really Got Me", sucesso que alcançou o topo das paradas no Reino Unido e entrou no Top 10 nos Estados Unidos. Podemos dizer que o auge do Kinks foi no período da década de 60, com os discos Face to Face, Kinda Kinks, Kinks-Size, etc. Os álbuns lançados a partir deste período não foram muito aceito pelo público, pois em muito houve uma mudança da sonoridade inicial, assim como um certo apanhado teatral na apresentações...
Já no final da década de 70, os trilhos da música já estavam mudando e agora as bandas estavam seguindo um ritmo de um rock mais “sujo” com distorções de guitarra e deixando o colorido do movimento hippie de lado. Foi em 1979 que o Kinks lançou o álbum “Low Budget”, a sonoridade deste álbum foi totalmente diferente dos padrões que o Kinks já havia mostrado ao público (não vou me prender a falar das letras sarcásticas ou críticas da banda, pois esta era uma de suas características desde sua criação). Não era a banda de terninho da década de 60, nem os cabeludos hippies de 70.
Vemos em Low Budget muita guitarra distorcida e alta acompanhando uma bateria porrada, um rock and roll bem envolvente que dá vontade de bater cabeça, acompanham essa características principalmente as músicas: Attitude, Preassure (lembra a introdução de johnny b goode) , (Wish I Could Fly Like) Superman, Low Budget e Mirery. Tem até um blues bacaninha, a 8° canção do álbum, chamada A Gallon Off Gas.
Este álbum é firme, porém a gravação de estúdio deixou a desejar um pouco, se você ouvir somente a gravação de estúdio pode ter até uma decepção com o Kinks, mas garanto que se ouvir a gravação ao vivo vai pirar, nenhuma das pessoas que apresente o Kinks veio de mimimi. A piração gama vai mesmo surgir se você assistir o show “One for the Road” gravado em 1979 (ao vivo) neste show constam todas as canções de Low Budget, assim como as principais canções da carreira da banda, como Lola, You Really Got Me, foi All Day and All of the Night e Victoria.
A alma desse show é a música Superman. Infelizmente você não vai achar para vender em canto nenhum este show, mas pode ver alguns vídeos postados no youtube. Vou deixar os links aqui para você conhecer um pouco do The Kinks neste show.
O DVD é composto por 12 faixas que são:
1- All Day and All of the Night;
2- Lola;
3- Low Budget;
4- Superman;
5- Attitude;
6- Celluloid Heroes;
7- The Hard Way;
8- Where Have All the Good Times Gone;
9- You Really Got Me;
10- Preassure;
11- Catch Me Now I'm Falling;
12- Victoria.
Após as faixas do show podemos acompanhar nos EXTRAS do DVD, 4 clipes oficiais do Kinks:
1- Come Dancing;
2- Predictable;
3- State of confusion;
4- Don’t forget to dance;
Superman:
http://www.youtube.com/watch?v=iE_FpRvoKnw
Low Budget:
http://www.youtube.com/watch?v=0HEW5bXqKbU
You Really Got Me:
http://www.youtube.com/watch?v=aCbl8cgUkEM&feature=related
Victoria:
http://www.youtube.com/watch?v=vW-JYsF3xHI
Lola:
http://www.youtube.com/watch?v=C__CgQlaykI
terça-feira, 28 de agosto de 2012
Idiocracy: comédia ou previsão?
Idiocracy é um filme de humor negro lançado em 2006 e trata sobre um rumo que a sociedade tomou, fruto de sua própria ignorância opcional, um futuro onde a inteligência foi extinta.
Acompanhamos no início do filme a história de um casal “inteligente” (sem ironia) ao longo do tempo, desde o começo do relacionamento com planos futuros até a morte do marido. A abordagem feita neste trecho do filme é referente ao planejamento familiar seguido fielmente pelo casal com um QI bastante elevado. O casal é inteligente e sempre adiam a vinda de um filho por algum motivo, acaba que o marido morre e não deixa nenhum...
Paralelamente acompanhamos um casal idiota, onde ambos não fazem nada de importante, não possuem qualquer senso crítico, são obesos, simplesmente possuem vários filhos em uma casa bem humilde e bagunçada, eles ficam o tempo todo brigando e gritando e a mulher nem “entende” como engravidou mais uma vez...
Comparando ambos os casos já podemos ter uma noção sobre qual será a temática do filme: pessoas com uma capacidade intelectual baixíssima proliferam sem controle, enquanto que pessoas inteligentes planejam tanto ter uma família que chegam a morrer cedo e acabam não deixando descendentes (isto é o que já podemos ver em vários países europeus).
A alma da ignorância prolifera sem controle, o resultado disso é um futuro com uma raça humana completamente idiota e sem qualquer tipo de entendimento e controle sobre os mais diversos setores da sociedade. O filme gira em torno de um personagem central Joe, vivido pelo ator Luke Wilson, ele que é um militar (sem família e amigos) que é convocado juntamente com uma prostituta (que vai sem saber do que se trata) para ser cobaias em um experimento militar de hibernação que acaba dando errado, o que seria apenas alguns anos acaba resultando em 500 anos de puro sono.
(mundo caótico de Idiocracy)
A máquina em que Joe estava é aberta por acidente neste futuro e ele acorda em um mundo totalmente caótico, onde a sociedade está totalmente controlada pelo consumismo e vulgaridade. O governo não sabe como resolver o excesso de lixo, a escassez de água, o lixo se acumula em montanhas gigantescas aos redores da cidade e a água foi substituída por uma bebida energética, sendo que eles usam água potável nas descargas de sanitários.
Neste humor negro o presidente dos EUA é Dwayne Elizondo Mountain Dew Herbert Camacho, ator pornô e campeão de luta livre, estrelado pelo ator Terry Crews (o Latrell de As Branquelas), ele que é considerado o homem mais “inteligente” da humanidade.
Joe é preso por algum motivo banal e consegue sair da prisão da forma mais simples possível, ele chega com um guarda e diz que foi liberado. É uma bela crítica a má preparação da polícia nas penitenciarias.
Não há qualquer canal educativo na televisão (claro), o programa preferido a nível mundial é chamado “Oh! My Balls!” , programa onde o protagonista leva sucessivas pancadas no testículo. No cinema há apenas um filme que é febre mundial, ele chama-se “Ass”, só o que se passa durante o filme é uma bunda soltando repetidas flatulências barulhentas. Creio que nossa sociedade não está muito longe de lançar filmes assim, pois o que chama a atenção do público são os termos pejorativos e a constante exibição e insinuação de órgãos genitais.
A medicina beira o caos, Joe tenta ir a um médico e se depara com pessoas totalmente despreparadas para atender os pacientes, assim como um hospital totalmente insalubre. As atendentes usam um tipo de maquininha cheia de imagens, como brinquedo de criança, para avaliar a situação do paciente, só sendo permitido utilizar a configuração padrão e nada além.
Em um trecho do filme Joe faz um teste de QI que nada mais é do que encaixar alguns objetos em áreas que correspondam a sua forma, um brinquedo de neném, após a aprovação no teste ele causa um espanto nacional, pois fica sendo considerado o homem mais inteligente do mundo. Com isso ele vai conhecer o presidente e todas as responsabilidades governamentais caem em cima dele.
Bem, não vou fazer um resumo do filme, deixei aqui apena um post sobre a abordagem central, creio que quem assistir vai conseguir captar facilmente a mensagem magnífica e crítica repassada. Só acho que deveria ter tido um investimento melhor no enredo, já que foi relativamente feito com um orçamento baixo, pois em muito ele se parece com aqueles besteiróis americanos que adoram tratar de sexo.
Comédia ou previsão?
Acompanhamos no início do filme a história de um casal “inteligente” (sem ironia) ao longo do tempo, desde o começo do relacionamento com planos futuros até a morte do marido. A abordagem feita neste trecho do filme é referente ao planejamento familiar seguido fielmente pelo casal com um QI bastante elevado. O casal é inteligente e sempre adiam a vinda de um filho por algum motivo, acaba que o marido morre e não deixa nenhum...
Paralelamente acompanhamos um casal idiota, onde ambos não fazem nada de importante, não possuem qualquer senso crítico, são obesos, simplesmente possuem vários filhos em uma casa bem humilde e bagunçada, eles ficam o tempo todo brigando e gritando e a mulher nem “entende” como engravidou mais uma vez...
Comparando ambos os casos já podemos ter uma noção sobre qual será a temática do filme: pessoas com uma capacidade intelectual baixíssima proliferam sem controle, enquanto que pessoas inteligentes planejam tanto ter uma família que chegam a morrer cedo e acabam não deixando descendentes (isto é o que já podemos ver em vários países europeus).
A alma da ignorância prolifera sem controle, o resultado disso é um futuro com uma raça humana completamente idiota e sem qualquer tipo de entendimento e controle sobre os mais diversos setores da sociedade. O filme gira em torno de um personagem central Joe, vivido pelo ator Luke Wilson, ele que é um militar (sem família e amigos) que é convocado juntamente com uma prostituta (que vai sem saber do que se trata) para ser cobaias em um experimento militar de hibernação que acaba dando errado, o que seria apenas alguns anos acaba resultando em 500 anos de puro sono.
(mundo caótico de Idiocracy)
A máquina em que Joe estava é aberta por acidente neste futuro e ele acorda em um mundo totalmente caótico, onde a sociedade está totalmente controlada pelo consumismo e vulgaridade. O governo não sabe como resolver o excesso de lixo, a escassez de água, o lixo se acumula em montanhas gigantescas aos redores da cidade e a água foi substituída por uma bebida energética, sendo que eles usam água potável nas descargas de sanitários.
Neste humor negro o presidente dos EUA é Dwayne Elizondo Mountain Dew Herbert Camacho, ator pornô e campeão de luta livre, estrelado pelo ator Terry Crews (o Latrell de As Branquelas), ele que é considerado o homem mais “inteligente” da humanidade.
Joe é preso por algum motivo banal e consegue sair da prisão da forma mais simples possível, ele chega com um guarda e diz que foi liberado. É uma bela crítica a má preparação da polícia nas penitenciarias.
Não há qualquer canal educativo na televisão (claro), o programa preferido a nível mundial é chamado “Oh! My Balls!” , programa onde o protagonista leva sucessivas pancadas no testículo. No cinema há apenas um filme que é febre mundial, ele chama-se “Ass”, só o que se passa durante o filme é uma bunda soltando repetidas flatulências barulhentas. Creio que nossa sociedade não está muito longe de lançar filmes assim, pois o que chama a atenção do público são os termos pejorativos e a constante exibição e insinuação de órgãos genitais.
A medicina beira o caos, Joe tenta ir a um médico e se depara com pessoas totalmente despreparadas para atender os pacientes, assim como um hospital totalmente insalubre. As atendentes usam um tipo de maquininha cheia de imagens, como brinquedo de criança, para avaliar a situação do paciente, só sendo permitido utilizar a configuração padrão e nada além.
Em um trecho do filme Joe faz um teste de QI que nada mais é do que encaixar alguns objetos em áreas que correspondam a sua forma, um brinquedo de neném, após a aprovação no teste ele causa um espanto nacional, pois fica sendo considerado o homem mais inteligente do mundo. Com isso ele vai conhecer o presidente e todas as responsabilidades governamentais caem em cima dele.
Bem, não vou fazer um resumo do filme, deixei aqui apena um post sobre a abordagem central, creio que quem assistir vai conseguir captar facilmente a mensagem magnífica e crítica repassada. Só acho que deveria ter tido um investimento melhor no enredo, já que foi relativamente feito com um orçamento baixo, pois em muito ele se parece com aqueles besteiróis americanos que adoram tratar de sexo.
Comédia ou previsão?
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