Idiocracy é um filme de humor negro lançado em 2006 e trata sobre um rumo que a sociedade tomou, fruto de sua própria ignorância opcional, um futuro onde a inteligência foi extinta.
Acompanhamos no início do filme a história de um casal “inteligente” (sem ironia) ao longo do tempo, desde o começo do relacionamento com planos futuros até a morte do marido. A abordagem feita neste trecho do filme é referente ao planejamento familiar seguido fielmente pelo casal com um QI bastante elevado. O casal é inteligente e sempre adiam a vinda de um filho por algum motivo, acaba que o marido morre e não deixa nenhum...
Paralelamente acompanhamos um casal idiota, onde ambos não fazem nada de importante, não possuem qualquer senso crítico, são obesos, simplesmente possuem vários filhos em uma casa bem humilde e bagunçada, eles ficam o tempo todo brigando e gritando e a mulher nem “entende” como engravidou mais uma vez...
Comparando ambos os casos já podemos ter uma noção sobre qual será a temática do filme: pessoas com uma capacidade intelectual baixíssima proliferam sem controle, enquanto que pessoas inteligentes planejam tanto ter uma família que chegam a morrer cedo e acabam não deixando descendentes (isto é o que já podemos ver em vários países europeus).
A alma da ignorância prolifera sem controle, o resultado disso é um futuro com uma raça humana completamente idiota e sem qualquer tipo de entendimento e controle sobre os mais diversos setores da sociedade. O filme gira em torno de um personagem central Joe, vivido pelo ator Luke Wilson, ele que é um militar (sem família e amigos) que é convocado juntamente com uma prostituta (que vai sem saber do que se trata) para ser cobaias em um experimento militar de hibernação que acaba dando errado, o que seria apenas alguns anos acaba resultando em 500 anos de puro sono.
(mundo caótico de Idiocracy)
A máquina em que Joe estava é aberta por acidente neste futuro e ele acorda em um mundo totalmente caótico, onde a sociedade está totalmente controlada pelo consumismo e vulgaridade. O governo não sabe como resolver o excesso de lixo, a escassez de água, o lixo se acumula em montanhas gigantescas aos redores da cidade e a água foi substituída por uma bebida energética, sendo que eles usam água potável nas descargas de sanitários.
Neste humor negro o presidente dos EUA é Dwayne Elizondo Mountain Dew Herbert Camacho, ator pornô e campeão de luta livre, estrelado pelo ator Terry Crews (o Latrell de As Branquelas), ele que é considerado o homem mais “inteligente” da humanidade.
Joe é preso por algum motivo banal e consegue sair da prisão da forma mais simples possível, ele chega com um guarda e diz que foi liberado. É uma bela crítica a má preparação da polícia nas penitenciarias.
Não há qualquer canal educativo na televisão (claro), o programa preferido a nível mundial é chamado “Oh! My Balls!” , programa onde o protagonista leva sucessivas pancadas no testículo. No cinema há apenas um filme que é febre mundial, ele chama-se “Ass”, só o que se passa durante o filme é uma bunda soltando repetidas flatulências barulhentas. Creio que nossa sociedade não está muito longe de lançar filmes assim, pois o que chama a atenção do público são os termos pejorativos e a constante exibição e insinuação de órgãos genitais.
A medicina beira o caos, Joe tenta ir a um médico e se depara com pessoas totalmente despreparadas para atender os pacientes, assim como um hospital totalmente insalubre. As atendentes usam um tipo de maquininha cheia de imagens, como brinquedo de criança, para avaliar a situação do paciente, só sendo permitido utilizar a configuração padrão e nada além.
Em um trecho do filme Joe faz um teste de QI que nada mais é do que encaixar alguns objetos em áreas que correspondam a sua forma, um brinquedo de neném, após a aprovação no teste ele causa um espanto nacional, pois fica sendo considerado o homem mais inteligente do mundo. Com isso ele vai conhecer o presidente e todas as responsabilidades governamentais caem em cima dele.
Bem, não vou fazer um resumo do filme, deixei aqui apena um post sobre a abordagem central, creio que quem assistir vai conseguir captar facilmente a mensagem magnífica e crítica repassada. Só acho que deveria ter tido um investimento melhor no enredo, já que foi relativamente feito com um orçamento baixo, pois em muito ele se parece com aqueles besteiróis americanos que adoram tratar de sexo.
Comédia ou previsão?
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