Se você não for um alienado banal que curte o que tiver na moda você deve ter o gosto para um determinado tipo de som, e mais especificamente para uma banda, grupo, cantor, etc. Hoje é muito comum nos depararmos com a falta de sensibilidade sonora por parte da sociedade, as pessoas não mais associam uma música ou sonoridade com algo que lhes faça refletir e/ou “viajar” (a base de droga não vale).
O que vemos hoje é o apego pelo que a mídia impõe e ignorantemente as pessoas gostam e isso vira uma febre nacional ou mundial. Vemos isto acontecer bastante com as trilhas sonoras de novelas, principalmente.
Quem dera se isso acontecesse com a trilha de determinados filmes...
O que importa mesmo é fazer as prosts mexer a bunda no verão com um biquíni “socado” ou fazer as adolescentes ingênuas escreverem trechos em seus diários ao chorar dizendo que aquela música consegue expressar todos os seus sentimentos. Mas a febre é tão curta... Logo passa e amanhã estaremos em outra... Falei de forma metafórica, mas é a assim que a sociedade vive em frente a boa parte da percepção sonora atual. Quem gostou de Rebeldes ontem, hoje já não tem um pôster no quarto, quem gosta de Michel Teló hoje amanhã mal vai lembrar o nome dele, alguém lembra aí do Restart????
Agora me digam, o que foram as bandas de 19...e... antigamente... Temos o folk, o rock and roll, o blues, o grunge, o punk e lá vai porrada...É bem comum ver o mesmo coroa curtindo seus velhos discos que ele ouviu lá na sua juventude com seus amigos brejeiros.
Minha banda preferida é o The Doors em qualquer sombra de dúvidas, infelizmente o Jim Morrison era considerado um sex simbol e muitas das mulheres que curtiam a banda não era pelo que ele tentava mostrar em suas letras dionísicas, mas pelo seu corpinho e suas calças de couro... Quando comecei a gostar do Doors nem sabia como era esse maluco.
(minha coleçãozinha)
O que despertou em mim? Sempre fui apaixonada por literatura e tenho uma queda extrema pelo decadentismo e por temáticas que aboordem uma crise existencial, falando do homem como um ser rente a terra, gosto de Rimbaud, Baudelaire, Shakespeare, Lord Byron, William Blake, etc. Com o Doors conheci a literatura musicalizada.
(Minha Bobó arrasando)
Ao conhecer as letras do Doors percebi imediatamente as mesma abordagens, e sendo elas a maioria ecrita por Jim Morrison fui pesquisar suas fonte literárias e me deparei com os mesmos escritores que já admirava. Quem gosta do The Doors lembra da letra de “The End” que trata de modo ainda mais obscuro o “Édipo Rei” de Sófocles.
Recentemente comprei o Livro “Rimbaud e Jim Morrison, os poetas rebeldes” do escritor Wallace Fowlie, professor emérito de literatura francesa da Duke University (Carolina do Norte, EUA). Ele faz uma análise da vida e obra dos dois poetas rebeldes que viveram em um tempo e em um espaço diferente, porém com um “espírito” liberto semelhante. Não vou me aprofundar no livro, pois pretendo fazer um poste somente obre ele.
Cada um sente algo diferente ao ouvir o que gosta, o @cuffman com o Lou Reed, o @Vladimir com o Rush ou o @michell que é fanatico por eddie vedder.
"Tudo o que é desordem, revolta e caos me interessa; e particularmente as atividades que parecem não ter nenhum sentido. Talvez sejam o caminho para a liberdade. A rebelião externa é o único modo de realizar a libertação interior." Jim Morrison
Mas e aí, do que você gosta?
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