quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Autoajuda e o efeito placebo...
Autoajuda e efeito placebo... Todos nós sabemos que o índice de leitura do brasileiro é vergonhosamente baixo, a partir daí podemos tirar a conclusão de que o índice de escrita é pior ainda... Décadas atrás pessoas de todas as idades se interessavam pelo mais variados tipos de leitura, estas que traziam e trazem (já que são atemporais) um melhor desenvolvimento crítico para as pessoas, liamos de filósofos a poeta que influenciaram e mudaram o rumo da história. Hoje infelizmente a qualidade dos livros que vão para no topo dos mais procurados, os best sellers, são leituras totalmente diferentes ao que tratei anteriormente, são livros principalmente de autoajuda. Estou criticando autoajuda? Talvez...
Não sei a partir de que momento estes livros caíram ao gosto popular e escritores como Augusto Cury e Paulo Coelho tornaram-se os senhores das palavras de consolo que todo ser humano frustrado nos mais diversos pontos de sua vida passou a vangloriar. Mas após uma reflexão penso o seguinte... O mundo está um caos, as pessoas sofrem com todos os seus problemas cotidianos, de sociais a pessoais, elas não possuem nem tempo, nem vontade de amadurecer o senso crítico. A própria sociedade dificulta o desenvolvimento do senso crítico, por quê? Todos sabem que ao longo da história os pensamentos de vários intelectuais influenciaram as sociedades grandiosamente ao ponto de ocorrerem revoluções por indignação ao meio em que estavam sendo colocadas.
A mídia influencia a todos e todos se deixam influenciar por ela dos mais diversos níveis... Pra que pensar? Devemos apenas seguir um parâmetros utópico para conseguir todos os nossos bem materiais que seremos felizes. As pessoas vão atrás de tudo o que NÃO precisa, mas acham que precisam apena por motivos de status, passam horas na academia em busca do corpo perfeito igual aos posers dos comerciais de cerveja, passam horas no trabalho e ainda fazem hora extra para conseguir comprar aquele carro dos sonhos que é tão fresco que não consegue nem passar por uma lombada, deixam seus filhos nas escolas mais caras e os colocam para fazerem todos os tipos de atividades possível só pra dizer que eles serão melhores ou simplesmente para se livrar da responsabilidade de pais, enfim...
É a partir deste momento que entra a autoajuda, as pessoas se veem apenas indo em busca de se encaixarem na sociedade de todas as formas e esquecem de si mesmo como seres racionais que deveriam ser...Não sabem mais lidar com problemas, relacionamentos e/ou obrigações. O meio social tornou-se dificultoso... Então o melhor a se fazer é comprar livros que digam algo como: “Apesar dos nossos defeitos, precisamos enxergar que somos pérolas únicas no teatro da vida e entender que não existem pessoas de sucesso e pessoas fracassadas. O que existem são pessoas que lutam pelos seus sonhos ou desistem deles.” (Augusto Cury)
Essa frase mostra um dos pensamentos mais óbvios da humanidade, mas a falta de capacidade mental faz as pessoas acharem que é um dos ensinamentos mais magníficos da humanidade, e isso lhe serve como o maior de todos os consolos para seguir suas vidas...Os livros de auto ajuda podem dar todas as “receitas” possíveis para o bem estar humano: como ser feliz, como ficar rico, como ser inteligente, como se relacionar, etc. Após os milênios avançamos em termos de comportamento social em grupo, mas o mundo conturbado impregnado de obrigações e necessidades urgente de alcançar o fútil perdemos e muito este tipo de comportamento e as pessoas não sabem compreender mais nem os problemas mais simples e comuns.
“O termo autoajuda pode ser referir a qualquer caso onde um indivíduo ou um grupo (como um grupo de apoio) procura se aprimorar econômica, espiritual, intelectual ou emocionalmente. O termo costuma ser aplicado como uma panaceia em educação, negócios e psicologia, propagandeada através do lucrativo ramo editorial de livros sobre o assunto"
Certo dia ouvi um comentário sarcástico de um amigo que trabalha na livraria Saraiva, ele disse: “Olha aí, quando estatísticas apontam que o índice de leitura do brasileiro está aumentando é isso que ele está lendo...” Então ele aponta para uma pilha gigantesca de um livro de autoajuda que saiu no mercado recentemente e que está sendo vendido exorbitantemente na livraria...
Achei estas críticas no wikipedia e achei muito engraçado e realista.
“Embora continuem populares, os livros e programas de autoajuda têm sofrido críticas por oferecer "respostas fáceis" para problemas pessoais complicados. De acordo com essa visão, o leitor ou participante recebe o equivalente a um placebo enquanto o escritor e o editor recebem os lucros.
O livro God is My Broker ("Deus é meu Agente") afirma, "O único modo de se tornar rico com um livro de autoajuda é escrever um". Livros de autoajuda também são criticados por conter afirmações pseudo-científicas que podem induzir o comprador a seguir "maus caminhos" e citações de teorias de outros autores que não condizem com o livro.
Outra grande crítica a autoajuda é o oferecimento de coisas que podem não ser atingidas pelo leitor como riqueza ou saúde, bastando acreditar em si mesmo, porém quando o leitor não atinge a meta proposta pela autoajuda, este torna-se infeliz por ser incapaz de realizar seus desejos.
Por fim, Wendy Kaminer, em seu livro I'm Dysfunctional, You're Dysfunctional ("Eu sou deficiente, você é deficiente"), critica o movimento da autoajuda por encorajar as pessoas a focarem o desenvolvimento pessoal, em vez de se unirem a movimentos sociais, para resolverem seus problemas.”
A única forma de focar rico com um livro de autoajuda e escrevendo um...
Autoajuda é tão chato que acho até uma ofensa marcar este post na categoria "literatura".
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sábado, 20 de outubro de 2012
Poesia, poemas e...PROPOST
Já cheguei a comentar com um amigo que não acho que o propost seja um espaço para a divulgação de poemas, porém quando falo disso estou me referindo ao apenas copiar um poema seu do word e colar aqui, não acho que faz muito sentido... O poema é uma das vertentes da poesia, ele é mais uma das tantas formas de expressão dos nossos sentimentos, podemos dançar, atuar em teatro, cantar, pintar ou...escrever, dentro da escrita vamos escolher se naquele momento é o ver ou a prova que melhor vai exprimir o eu interior.
A poesia anda junto de nós em todos o momentos, poetar é mais difícil, mas todo nós temos tal capacidade. Muitos acham que escrever um poema é apenas juntar palavra em versos que formem uma rima, mas não é! Um simples poema pode revelar toda a emoção que estamos sentindo em um determinado momento, em alguns versos resumimos um texto de vária folhas, porém há uma questão: vai caber ao leitor uma capacidade de interpretação mais aguçada, pois escrever um poema pode se tornar algo subjetivo demais.
Este verso de Manuel bandeira publicado em 1917 no livro "A Cinza da Horas" trata muito bem e de forma bem profunda eta questão do "escrever versos", ele ressalta o quanto devemos dar de nós para a construção do poema.
DESENCANTO
Eu faço versos como quem chora
De desalento… de desencanto…
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente…
Tristeza esparsa… remorso vão…
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre Sabor na boca.
- Eu faço versos como quem morre.
(Teresópolis, 1912)
Uma de minhas maiores distrações é a leitura e a escrita e creio que estou utilizando este espaço (propost) muito bem, porém essa criatividade literária some quando vou escrever meu TCC...Uma pena! Este ano pude participar do Concurso de Artes Literárias promovido pelo IAP (Instituto de Artes Literárias) na categoria poemas, mas o resultado ainda aguardo.
Vou deixar aqui um de meus poemas que creio que surgiu de um dos pontos mais obscuros de meu inconsciente:
A esquizofrenia ronda as ruas
Vozes obscuras em nossas cabeças apontam o que fazer
A mídia a ludibriar dia após dia...
Louca multidão a se jogar pelas ruas
Por livre e espontânea vontade seguem para o grande manicômio
O comércio e sua lavagem cerebral
Partem corpos para a dança dos desesperados
Vagam absortos de sua real condição
Controlado por utópicos e utopias
Vi desmoronar mansões e mausoléis
Mundos subterrâneos, jardins suspensos
O mundo é vasto e o vazio é imenso
Desertos tomam conta das ruas desta cidade
Vejo dunas levantarem-se como levantam colossos
O vento sopra, faz e desfaz
Vagueio inerte em minha alucinação
Solução?
Mudaram-se os anos, mas não mudaram-se as vontades
A calamidade vagueia sem rumo
Obscura como o lodo que escorrem nas calçadas
O presente constrói-me, absorta de tudo
Presa a ideais, tentem em vão conquista-los
Aqui jaz um templo perdido
Em ruínas repousa uma biblioteca
Saberes do tempo de luz
A filosofia... A literatura
Entregue ao tempo
Entregue às traças
Do pó veio
Para o pó voltará
Erguem-se arranhas céus, mas não passam de dunas
Entregues ao tempo, nada restará...
O termo "dunas" é uma metáfora de brevidade, elas que estão em constantes mudanças ao sofrer ação do vento.
Nem todo poema tem poesia...
E
A poesia anda junto de nós em todos o momentos, poetar é mais difícil, mas todo nós temos tal capacidade. Muitos acham que escrever um poema é apenas juntar palavra em versos que formem uma rima, mas não é! Um simples poema pode revelar toda a emoção que estamos sentindo em um determinado momento, em alguns versos resumimos um texto de vária folhas, porém há uma questão: vai caber ao leitor uma capacidade de interpretação mais aguçada, pois escrever um poema pode se tornar algo subjetivo demais.
Este verso de Manuel bandeira publicado em 1917 no livro "A Cinza da Horas" trata muito bem e de forma bem profunda eta questão do "escrever versos", ele ressalta o quanto devemos dar de nós para a construção do poema.
DESENCANTO
Eu faço versos como quem chora
De desalento… de desencanto…
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente…
Tristeza esparsa… remorso vão…
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre Sabor na boca.
- Eu faço versos como quem morre.
(Teresópolis, 1912)
Uma de minhas maiores distrações é a leitura e a escrita e creio que estou utilizando este espaço (propost) muito bem, porém essa criatividade literária some quando vou escrever meu TCC...Uma pena! Este ano pude participar do Concurso de Artes Literárias promovido pelo IAP (Instituto de Artes Literárias) na categoria poemas, mas o resultado ainda aguardo.
Vou deixar aqui um de meus poemas que creio que surgiu de um dos pontos mais obscuros de meu inconsciente:
A esquizofrenia ronda as ruas
Vozes obscuras em nossas cabeças apontam o que fazer
A mídia a ludibriar dia após dia...
Louca multidão a se jogar pelas ruas
Por livre e espontânea vontade seguem para o grande manicômio
O comércio e sua lavagem cerebral
Partem corpos para a dança dos desesperados
Vagam absortos de sua real condição
Controlado por utópicos e utopias
Vi desmoronar mansões e mausoléis
Mundos subterrâneos, jardins suspensos
O mundo é vasto e o vazio é imenso
Desertos tomam conta das ruas desta cidade
Vejo dunas levantarem-se como levantam colossos
O vento sopra, faz e desfaz
Vagueio inerte em minha alucinação
Solução?
Mudaram-se os anos, mas não mudaram-se as vontades
A calamidade vagueia sem rumo
Obscura como o lodo que escorrem nas calçadas
O presente constrói-me, absorta de tudo
Presa a ideais, tentem em vão conquista-los
Aqui jaz um templo perdido
Em ruínas repousa uma biblioteca
Saberes do tempo de luz
A filosofia... A literatura
Entregue ao tempo
Entregue às traças
Do pó veio
Para o pó voltará
Erguem-se arranhas céus, mas não passam de dunas
Entregues ao tempo, nada restará...
O termo "dunas" é uma metáfora de brevidade, elas que estão em constantes mudanças ao sofrer ação do vento.
Nem todo poema tem poesia...
E
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Leia mais! Blog Ebooks...Sensacional!
Viajando pelo mundo virtual a procura de conteúdo que trate de literatura me deparei com o blog Ebook, e achei super interessantíssimo e creio que você também vai achar! Vou até deixar aqui a descrição do blog:
"Este é um site de propósitos estritamente culturais, feito por e para os amantes da leitura. Os livros aqui disponíveis foram enviados pelos próprios autores, possuem seus direitos autorais livres ou estão esgotados há muito tempo. Os livros com direitos autorais possuem limitações nos textos, constituindo apenas uma amostra do todo, com fins de divulgação.
Caso você seja o proprietário e algum material publicado e deseja remover o conteudo, envie um email para webmaster@ebooksgratis.com.br. Você também pode colaborar o blog, enviando livros de sua autoria, materiais de direito livre, sugestões e dicas de post, e muito mais.
Estamos abertos para parcerias com autores, editoras e blogs com conteúdos literários. Envie sua proposta!"
Acesse o link e conheça o blog:
http://ebooksgratis.com.br/
Um dos conteúdos que mais me chamou a atenção foi uma parte do blog somente voltada a propagandas de incentivo a leitura que ganharam prêmios (ou não) no Brasil e no mundo, são imagens auto descritivas e muuuuito loucas. Como essa postagem aqui está sendo feita com muita pressa, não poderei me estender muito e babar mais ovo para o blog.
Propagandas de incentivo a leitura:
http://ebooksgratis.com.br/category/informacao-e-cultura/leia-mais-propagandas-de-leitura/
Imagine Alice e seus amigos do País das Maravilhas invadindo seus ouvidos com suas histórias...
Campanha muito bacana para vender os audiobooks infantis da Virgin Megastore.
Ter um livro nas mãos ainda é melhor que utilizar qualquer dispositivo eletrônico de leitura...
"Este é um site de propósitos estritamente culturais, feito por e para os amantes da leitura. Os livros aqui disponíveis foram enviados pelos próprios autores, possuem seus direitos autorais livres ou estão esgotados há muito tempo. Os livros com direitos autorais possuem limitações nos textos, constituindo apenas uma amostra do todo, com fins de divulgação.
Caso você seja o proprietário e algum material publicado e deseja remover o conteudo, envie um email para webmaster@ebooksgratis.com.br. Você também pode colaborar o blog, enviando livros de sua autoria, materiais de direito livre, sugestões e dicas de post, e muito mais.
Estamos abertos para parcerias com autores, editoras e blogs com conteúdos literários. Envie sua proposta!"
Acesse o link e conheça o blog:
http://ebooksgratis.com.br/
Um dos conteúdos que mais me chamou a atenção foi uma parte do blog somente voltada a propagandas de incentivo a leitura que ganharam prêmios (ou não) no Brasil e no mundo, são imagens auto descritivas e muuuuito loucas. Como essa postagem aqui está sendo feita com muita pressa, não poderei me estender muito e babar mais ovo para o blog.
Propagandas de incentivo a leitura:
http://ebooksgratis.com.br/category/informacao-e-cultura/leia-mais-propagandas-de-leitura/
Imagine Alice e seus amigos do País das Maravilhas invadindo seus ouvidos com suas histórias...
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Ter um livro nas mãos ainda é melhor que utilizar qualquer dispositivo eletrônico de leitura...
sábado, 13 de outubro de 2012
O mundo fantástico dos sebos...
Você já comprou algum livro em um sebo?
Belém não é uma cidade com um grande número de livrarias, estas, além de serem poucas a maioria ainda possuem um preço salgadíssimo de seus acervos. Frente a esta situação é crescente o número de sebos que estão abrindo pela cidade, pois eles tornam-se uma alternativa a quem busca se atualizar em suas leituras, posso citar aqui os sebos mais conhecidos, como: Cultura Usada, O Baú, Sebo Cultural, Alfarrábio, Pólo Cultural, A Banca do Zé e O Relicário, fora aqueles que são em bancas de revistas, no meio da rua, etc.
Não sou uma pessoa com muitos recursos financeiros, então esta situação naturalmente estaria me impedindo de conseguir novos livros se eu fosse seguir um parâmetro de compra-los em livrarias... Tenho muitos livros e creio que 80% do que tenho foi adquirido em sebos regionais ou nacionais (via internet no site: estante virtual). Se não fossem os diversos sebo em Belém ou no Brasil com certeza eu não teria como comprar livros que hoje tenho de autores como: O Perfume (Patrick Süskind), O retrato de Dorian Gray (Oscar Wilde), Sertão D’água (Mario Quintana), Rimbaud e Jim Morrison (Fowlie), Uma Estadia no Inferno (Rimbaud), entre outros.
Certa vez procurei sem êxito em Belém o livro “Eu e outros poemas” de Augusto dos Anjos e infelizmente não encontrei... Então encomendei pela internet em um sebo virtual e após algum tempo ele chegou pelos correios. Sempre fui fascinada por Augusto dos Anjos, o poeta pessimista que nunca se enquadrou em nenhum gênero literário.
Ao abrir o livro tive a primeira surpresa, na contracapa do livro está escrito o nome da antiga dona e a data em que ele foi adquirido, Ludmila (a antiga dona) comprou este livro no dia 11/09/2001, exatamente 10 anos depois, no dia 11/09/2011 este livro chegava em minha mãos, em ótimo estado por sinal.
Pode ser um relato bobo, não acredito em superstições, mas foi uma situação interessante ter esse livro em um ótimo estado após tanto tempo com alguém. Não sei se esta pessoa o leu, se ela fez uso do conhecimento que Augusto dos Anjos tentou transmitir, se ela gravou seus poemas, enfim... Frente a este caso que aconteceu comigo, o que estou tentando repassar?
Muitos livros são abandonados ou jogados fora por não servirem mais para o interesse do antigo leitor, esta semana li a seguinte frase: “nem o amor fere tanto o poeta quanto as traças”. Um livro deveria seguir um ciclo como para estar sempre em uso, ler e repassar. Trato desta questão de forma utópica, pois nem eu mesma faço isso.
Você tem um livro em sua estante que tem toda uma história para contar, então empresta para alguém e esta pessoa não tem o mínimo de cuidado, suja, mancha, perde, etc. Isto nos deixa paranoicos com todos.
Sou muito sentimentalista com a carga literária que admiro, principalmente quando adquiro, posso lembrar da emoção que tive ao adquirir por exemplo, “Eram os Deuses Astronautas” de Erich Von Daniken por apenas 4 reais ou a coleção completa de “Odisseia” de Homero (3 livros) por apena 15 reais. As folhas passam, as histórias ficam para a eternidade que cabe a cada um de nós é viver.
O que ainda há de interessante em visitar um sebo é que você nunca sabe o que vai encontrar, simplesmente ficamos horas vasculhando as estantes e espirrando com tanta poeira em busca de algo que não sabemos o que é, mas que uma hora vamos achar e entraremos em deslumbre. Imagine em meio a centenas de livro encontrar o minúsculo livro de Oscar Wilde com um único conto "O Fantasma de Canterville". Sem contar que você pode achar de revistas em quadrinhos a livros que você usa na universidade.
Ainda acho mais cômodo ainda adquirir um livro por um sebo virtual, como no site “Estante Virtual” que deixo o link no final do texto. Neste site vemos uma lista de vários sebos nacionais com todo o seu acervo, basta você digitar o que busca e pronto! Pode pagar uma “pechincha” de frete e terá o livro que lhe agrada em mãos. O mais interessante é que no site há uma descrição completa do estado do livro, se é novo ou usado, se for usado você terá a descrição de todo o estado em que ele se encontra.
Nunca tive nenhum problema em nenhuma compra e sempre comprei livros por menos da metade do valor em que normalmente vejo em livrarias, sejam eles novos ou usados. Você lembra @cuffman que você comprou um livro por R$ 50,00 , que em uma livraria em Belém estava custando R$ 150,00?
Este textinho é um incentivo ao hábito não apena de ler, mas de valorizar os sebos.
Realmente você pode ter muitas surpresas ao comprar um livro usado...
Posso ainda dar uma opinião ambientalista, quanto mais comprarmos em sebos menos árvores estarão sendo derrubadas para fazer novos livros.
Em 2009 André Garcia, criador do site Estante Virtual, teve um espaço na Bienal do Livro em SP onde ocorreu o clube da "Troca do Livro", o resultado foi incrível, cerca de 20 mil livros foram trocados durante a bienal.
"Queríamos que as pessoas degustassem o acervo dos sebos que fazem parte do Estante Virtual sem ter que gastar dinheiro por isso. A ideia era potencializar o valor das trocas. E funcionou, as pessoas entram aqui com best-sellers e saem com literatura clássica." (Gabriel)
"Para a equipe do Estante Virtual, promover uma grande ação de trocas em meio à Bienal do Livro é um manifesto contra os altos preços praticados pelo grande mercado - do qual o site não faz parte." Fonte: O Globo_Blogs)
André Garcia, diretor do site e idealizador da ação que movimentou a Bienal do Livro.
Se você é alérgico, cuidado coma poeira!
Pense nisso e boa leitura!
SITE ESTANTE VIRTUAL: http://www.estantevirtual.com.br/
Belém não é uma cidade com um grande número de livrarias, estas, além de serem poucas a maioria ainda possuem um preço salgadíssimo de seus acervos. Frente a esta situação é crescente o número de sebos que estão abrindo pela cidade, pois eles tornam-se uma alternativa a quem busca se atualizar em suas leituras, posso citar aqui os sebos mais conhecidos, como: Cultura Usada, O Baú, Sebo Cultural, Alfarrábio, Pólo Cultural, A Banca do Zé e O Relicário, fora aqueles que são em bancas de revistas, no meio da rua, etc.
Não sou uma pessoa com muitos recursos financeiros, então esta situação naturalmente estaria me impedindo de conseguir novos livros se eu fosse seguir um parâmetro de compra-los em livrarias... Tenho muitos livros e creio que 80% do que tenho foi adquirido em sebos regionais ou nacionais (via internet no site: estante virtual). Se não fossem os diversos sebo em Belém ou no Brasil com certeza eu não teria como comprar livros que hoje tenho de autores como: O Perfume (Patrick Süskind), O retrato de Dorian Gray (Oscar Wilde), Sertão D’água (Mario Quintana), Rimbaud e Jim Morrison (Fowlie), Uma Estadia no Inferno (Rimbaud), entre outros.
Certa vez procurei sem êxito em Belém o livro “Eu e outros poemas” de Augusto dos Anjos e infelizmente não encontrei... Então encomendei pela internet em um sebo virtual e após algum tempo ele chegou pelos correios. Sempre fui fascinada por Augusto dos Anjos, o poeta pessimista que nunca se enquadrou em nenhum gênero literário.
Ao abrir o livro tive a primeira surpresa, na contracapa do livro está escrito o nome da antiga dona e a data em que ele foi adquirido, Ludmila (a antiga dona) comprou este livro no dia 11/09/2001, exatamente 10 anos depois, no dia 11/09/2011 este livro chegava em minha mãos, em ótimo estado por sinal.
Pode ser um relato bobo, não acredito em superstições, mas foi uma situação interessante ter esse livro em um ótimo estado após tanto tempo com alguém. Não sei se esta pessoa o leu, se ela fez uso do conhecimento que Augusto dos Anjos tentou transmitir, se ela gravou seus poemas, enfim... Frente a este caso que aconteceu comigo, o que estou tentando repassar?
Muitos livros são abandonados ou jogados fora por não servirem mais para o interesse do antigo leitor, esta semana li a seguinte frase: “nem o amor fere tanto o poeta quanto as traças”. Um livro deveria seguir um ciclo como para estar sempre em uso, ler e repassar. Trato desta questão de forma utópica, pois nem eu mesma faço isso.
Você tem um livro em sua estante que tem toda uma história para contar, então empresta para alguém e esta pessoa não tem o mínimo de cuidado, suja, mancha, perde, etc. Isto nos deixa paranoicos com todos.
Sou muito sentimentalista com a carga literária que admiro, principalmente quando adquiro, posso lembrar da emoção que tive ao adquirir por exemplo, “Eram os Deuses Astronautas” de Erich Von Daniken por apenas 4 reais ou a coleção completa de “Odisseia” de Homero (3 livros) por apena 15 reais. As folhas passam, as histórias ficam para a eternidade que cabe a cada um de nós é viver.
O que ainda há de interessante em visitar um sebo é que você nunca sabe o que vai encontrar, simplesmente ficamos horas vasculhando as estantes e espirrando com tanta poeira em busca de algo que não sabemos o que é, mas que uma hora vamos achar e entraremos em deslumbre. Imagine em meio a centenas de livro encontrar o minúsculo livro de Oscar Wilde com um único conto "O Fantasma de Canterville". Sem contar que você pode achar de revistas em quadrinhos a livros que você usa na universidade.
Ainda acho mais cômodo ainda adquirir um livro por um sebo virtual, como no site “Estante Virtual” que deixo o link no final do texto. Neste site vemos uma lista de vários sebos nacionais com todo o seu acervo, basta você digitar o que busca e pronto! Pode pagar uma “pechincha” de frete e terá o livro que lhe agrada em mãos. O mais interessante é que no site há uma descrição completa do estado do livro, se é novo ou usado, se for usado você terá a descrição de todo o estado em que ele se encontra.
Nunca tive nenhum problema em nenhuma compra e sempre comprei livros por menos da metade do valor em que normalmente vejo em livrarias, sejam eles novos ou usados. Você lembra @cuffman que você comprou um livro por R$ 50,00 , que em uma livraria em Belém estava custando R$ 150,00?
Este textinho é um incentivo ao hábito não apena de ler, mas de valorizar os sebos.
Realmente você pode ter muitas surpresas ao comprar um livro usado...
Posso ainda dar uma opinião ambientalista, quanto mais comprarmos em sebos menos árvores estarão sendo derrubadas para fazer novos livros.
Em 2009 André Garcia, criador do site Estante Virtual, teve um espaço na Bienal do Livro em SP onde ocorreu o clube da "Troca do Livro", o resultado foi incrível, cerca de 20 mil livros foram trocados durante a bienal.
"Queríamos que as pessoas degustassem o acervo dos sebos que fazem parte do Estante Virtual sem ter que gastar dinheiro por isso. A ideia era potencializar o valor das trocas. E funcionou, as pessoas entram aqui com best-sellers e saem com literatura clássica." (Gabriel)
"Para a equipe do Estante Virtual, promover uma grande ação de trocas em meio à Bienal do Livro é um manifesto contra os altos preços praticados pelo grande mercado - do qual o site não faz parte." Fonte: O Globo_Blogs)
André Garcia, diretor do site e idealizador da ação que movimentou a Bienal do Livro.
Se você é alérgico, cuidado coma poeira!
Pense nisso e boa leitura!
SITE ESTANTE VIRTUAL: http://www.estantevirtual.com.br/
A monotonia em reflexão...
domingo, 7 de outubro de 2012
Pesca predatória: o terror dos oceanos.
Estive refletindo e cheguei a uma conclusão que posso estar errada, mas talvez o consumo de pescados seja mais danoso para o meio ambiente do que o consumo de carne.
Quando falo “pescado”, refiro-me a toda e qualquer espécie proveniente de áreas aquáticas como: peixes, cetáceos, quelônios, crustáceos, etc.
Imaginem...
Na agropecuária uma área é devastada para a criação de gado, morre gado e nasce gado e aquela área será a mesma até quando não tiver mais como o solo produzir o alimento dos animais. Quando isto acontece há a reposição dos animais para outra área, ou seja, outra área gigantesca será devastada e passará por este processo até o fim.
Agora pensem, animais criados em fazendas como bois, porcos, galinhas, etc. são o “carro chefe” do cardápio de quem come carne. Avançamos em questão de domesticação e estes animais não mais vivem livres na natureza, se tornaram totalmente dependentes dos humanos para a sobrevivência e no futuro serão abatidos para consumo. Cruel...
Agora não domesticamos peixes, quelônios ou crustáceos e quando criamos em cativeiro, a reprodução dos mesmos não é em nível do animal livre na natureza. Basta você pensar que muitos peixes precisam migrar para poder reproduzir, na própria Amazônia temos o evento conhecido como piracema. Crustáceos vivem em diferentes níveis tróficos nos diferentes momentos da vida, situação que não é fácil reproduzir em um ambiente artificial.
Animais aquáticos estão sujeitos à poluição de rios, baia, lagos, mares, oceanos, etc. áreas para onde vai boa parta dos esgotos das cidades de quase todo o mundo, é muito difícil haver um controle, pois as áreas aquáticas são todas interligadas (ao contrário das fazendas que são isoladas, um impacto em uma não atingirá os animais de outra).
(Pesca predatória)
Não há apenas o lixo proveniente das habitações comuns, há também o lixo industrial, este que talvez seja o pior em nível de poluição, despejando nas águas grandes quantidades de cal, mercúrio, etc. Os animais inevitavelmente irão se intoxicar com estes elementos e conforme aumentar o nível do consumidor na cadeia alimentar, maior será a concentração dos elementos tóxicos nos seus organismos.
A pesca predatória está “matando” os oceanos ao retirar de forma totalmente grosseira toneladas e toneladas de peixes das águas, sem contar que quando a rede é jogada na água animais que não são de interesse comercial são capturado acidentalmente, ficando presos e morrem afogados, como cetáceos, sirênios e quelônios.
(Camponeses de uma localidade do leste da China mataram deliberadamente, jogando na água 560 quilos de pesticida, todos os peixes de um lago na província de Anhui)
Vamos supor um exemplo, a pesca da sardinha, talvez seja a espécie de maior consumo entre os pescados, a pesca da sardinha é feita por milhares de embarcações com redes quilométricas, capturando milhões de toneladas anualmente. A pesca normalmente é ilegal e não leva em consideração o período reprodutivo do animal. Sem contar que a maior parte dos oceanos não possui uma proteção legal, pois não há limites sobre qual país uma determinada área faz parte, com isso eles ficam expostos a qualquer tipo de exploração. É por este motivo que ainda há a caça ilegal de baleias e golfinhos, pois ela acontece em áreas fora da "proteção" do Japão.
Ao capturar sardinhas estamos deixando os animais que se alimentam dela morrerem de fome, assim afetando consideravelmente a cadeia alimentar oceânica. Pois um ecossistema é totalmente interligado, necessitando de todas as espécies para que haja comunhão nas produções de recursos. Basta você imaginar quem são os principais predadores naturais da sardinha, estes animais serão gravemente afetados pela escassez do alimento, o que não será apena a morte por fome o principal problema, mas uma futura extinção por não haver reprodução dos mesmos.
Olhe que nem aprofundei no assunto da cadeia alimentar...e as aves, como ficam?? Reflita!
Voltando a criação de animais de fazenda, o homem é o principal consumidor destes animais, se acabarmos definitivamente com a produção dos mesmos não haverá nenhum tipo de impacto negativo nas populações desses animais criados, pelo contrário, será totalmente benéfico, pois menos pastos, menor liberação de gases, menos resíduos tóxicos, menos gasto de água, etc. sem contar que a floresta poderia progredir, abrigando em seu interior um maior número de espécies vegetais e animais, isto que contribuiria de forma espetacular para a manutenção do clima estável na terra.
Isto tudo sem contar que não estaremos mais sacrificando milhões de animais para consumo, visto que já temos uma variedade infinita de alimentos que substituem as demandas alimentícias que a carne possui.
Quando falo “pescado”, refiro-me a toda e qualquer espécie proveniente de áreas aquáticas como: peixes, cetáceos, quelônios, crustáceos, etc.
Imaginem...
Na agropecuária uma área é devastada para a criação de gado, morre gado e nasce gado e aquela área será a mesma até quando não tiver mais como o solo produzir o alimento dos animais. Quando isto acontece há a reposição dos animais para outra área, ou seja, outra área gigantesca será devastada e passará por este processo até o fim.
Agora pensem, animais criados em fazendas como bois, porcos, galinhas, etc. são o “carro chefe” do cardápio de quem come carne. Avançamos em questão de domesticação e estes animais não mais vivem livres na natureza, se tornaram totalmente dependentes dos humanos para a sobrevivência e no futuro serão abatidos para consumo. Cruel...
Agora não domesticamos peixes, quelônios ou crustáceos e quando criamos em cativeiro, a reprodução dos mesmos não é em nível do animal livre na natureza. Basta você pensar que muitos peixes precisam migrar para poder reproduzir, na própria Amazônia temos o evento conhecido como piracema. Crustáceos vivem em diferentes níveis tróficos nos diferentes momentos da vida, situação que não é fácil reproduzir em um ambiente artificial.
Animais aquáticos estão sujeitos à poluição de rios, baia, lagos, mares, oceanos, etc. áreas para onde vai boa parta dos esgotos das cidades de quase todo o mundo, é muito difícil haver um controle, pois as áreas aquáticas são todas interligadas (ao contrário das fazendas que são isoladas, um impacto em uma não atingirá os animais de outra).
(Pesca predatória)
Não há apenas o lixo proveniente das habitações comuns, há também o lixo industrial, este que talvez seja o pior em nível de poluição, despejando nas águas grandes quantidades de cal, mercúrio, etc. Os animais inevitavelmente irão se intoxicar com estes elementos e conforme aumentar o nível do consumidor na cadeia alimentar, maior será a concentração dos elementos tóxicos nos seus organismos.
A pesca predatória está “matando” os oceanos ao retirar de forma totalmente grosseira toneladas e toneladas de peixes das águas, sem contar que quando a rede é jogada na água animais que não são de interesse comercial são capturado acidentalmente, ficando presos e morrem afogados, como cetáceos, sirênios e quelônios.
(Camponeses de uma localidade do leste da China mataram deliberadamente, jogando na água 560 quilos de pesticida, todos os peixes de um lago na província de Anhui)
Vamos supor um exemplo, a pesca da sardinha, talvez seja a espécie de maior consumo entre os pescados, a pesca da sardinha é feita por milhares de embarcações com redes quilométricas, capturando milhões de toneladas anualmente. A pesca normalmente é ilegal e não leva em consideração o período reprodutivo do animal. Sem contar que a maior parte dos oceanos não possui uma proteção legal, pois não há limites sobre qual país uma determinada área faz parte, com isso eles ficam expostos a qualquer tipo de exploração. É por este motivo que ainda há a caça ilegal de baleias e golfinhos, pois ela acontece em áreas fora da "proteção" do Japão.
Ao capturar sardinhas estamos deixando os animais que se alimentam dela morrerem de fome, assim afetando consideravelmente a cadeia alimentar oceânica. Pois um ecossistema é totalmente interligado, necessitando de todas as espécies para que haja comunhão nas produções de recursos. Basta você imaginar quem são os principais predadores naturais da sardinha, estes animais serão gravemente afetados pela escassez do alimento, o que não será apena a morte por fome o principal problema, mas uma futura extinção por não haver reprodução dos mesmos.
Olhe que nem aprofundei no assunto da cadeia alimentar...e as aves, como ficam?? Reflita!
Voltando a criação de animais de fazenda, o homem é o principal consumidor destes animais, se acabarmos definitivamente com a produção dos mesmos não haverá nenhum tipo de impacto negativo nas populações desses animais criados, pelo contrário, será totalmente benéfico, pois menos pastos, menor liberação de gases, menos resíduos tóxicos, menos gasto de água, etc. sem contar que a floresta poderia progredir, abrigando em seu interior um maior número de espécies vegetais e animais, isto que contribuiria de forma espetacular para a manutenção do clima estável na terra.
Isto tudo sem contar que não estaremos mais sacrificando milhões de animais para consumo, visto que já temos uma variedade infinita de alimentos que substituem as demandas alimentícias que a carne possui.
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