sexta-feira, 21 de setembro de 2012

É pra falar de vegetarianismo? Uma abordagem social, ambiental e política.



FALTA INSERIR A QUESTÃO POLÍTICA DO CONFLITO NORTE-SUL NESTE TEXTO

Escrevi este texto em julho deste ano (2012) para o meu blog "Conscientização através da ciência" que foi um verdadeiro fiasco, pois a quantidade de acessos foi completamente vergonhoso...Agora venho postar aqui no Itinerário Interno, blog
que já tenho uma boa quantidade de visitantes.

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Pela influência da internet houve uma maior divulgação a respeito dos diversos tipos de barbáries contra os animais cometidas pelo homem. Acessamos o facebook e vemos centenas de posts referentes a estes atos, assim como “milhões” referentes ao amor que devemos ter para com eles. É bonitinho e comovente, mas assim que a pessoa ver uma história de quadrinho engraçada a imagem com tal mensagem anterior irá desaparecer completamente de sua cabeça.

Aumentam os grupos de defesa animal e esta pseudopreocupação na sociedade a cada dia, tenho um projeto em mãos que trata da referida temática e após meses ainda não consegui espaço nem pessoa aptas a leva-lo adiante. Neste domingo 24/06 conversei com uma das responsáveis por um grupo de jovens de uma determinada igreja, percebi que não há espaço para qualquer ação que não seja referente à religião, nas escolas os responsáveis também não demonstram qualquer interesse para divulgar tal ação para a comunidade escolar… Não há necessidade de qualquer investimento por parte deles, e mesmo assim nada, a necessidade é apena de um local com um grande número de pessoas, principalmente jovens. Esta ação não é focada no vegetarianismo, mas no direito animal como um todo, das formas de exploração e leis vigentes nos mais diversos locais do mundo, mas isto não é o ponto que quero tratar neste texto.

Muito se trata a respeito de toda e qualquer forma de abolição aos maus tratos e exploração acometida contra os animais, frente a este fato vemos a cada dia crescer o número de vegetarianos que se sentem “sensibilizados” com esta situação, é comum a afirmação: “os animais são nossos amigos, e não devemos comê-los!”. É até cômico, será que quem toma tal atitude não consegue ver que o vegetarianismo não passa de uma irrisória fração de menos de 0,001% de você realizar algo para mudar tal situação?

Antes de tudo quem vos fala é uma vegetariana, venho por meio deste texto abordar uma temática que ainda não está visível para quem pretende se tornar um vegetariano ou mesmo para quem não possui qualquer interesse neta prática. Achei bom resaltar minha posição, para que este texto não pareça ter sido feito por um onívoro revoltado.

É muito fácil você achar um grupo que lute pela causa animal em busca de direito e contra o especismo (achar que uma espécie é melhor do que outra). Você pode conhecer as ações de alguns grupos ou indivíduos e verá apenas a pregação do “SEJA VEGETARIANO”, porém não nada além daquilo, devemos ser capazes de construir opiniões sólidas, plausíveis e relevantes quando alguém questiona ou argumenta determinadas situações.

Não basta você pregar para uma pessoa que ela não deve comer um animal, “pois eles são amigos!”, quem ouvir pode até rir frente a tal argumento infantil. Deve haver toda uma informação a respeito de alternativas as demandas nutricionais que temos (que realmente existe), assim como toda a questão por trás da pecuária, criações de aves, pesca predatória, etc. E o que estas práticas causam de impacto a nível social, ambiental e político. Sem contar uma questão da influência da história do desenvolvimento das religiões, o que influenciou bastante, havendo uma grande influência nos hábitos alimentares entre o ocidente e o oriente, mas não tratarei de tal questão aqui para não haver desavenças.

Há um caminho enorme, além disso, as ações não devem ser focadas apenas na questão alimentar, pois esta é a mais difícil de mudar já que o consumo de carne é um hábito milenar na sociedade. O mínimo que for feito para mudar o nível de impacto no meio ambiente como um todo já é um passo, como: ações que estimulem a reciclagem, meios alternativos de produção de energia, reaproveitamento de áreas degradadas para cultivo de vegetais, etc. Podemos diminuir em muito a exploração animal, não vou ser ingênua e dizer que chegaremos a um posto que haverá total abolição, pois frente ao avanço atual, em frente ao tamanho da população mundial, isto se torna extremamente utópico.

A seguir algumas abordagens referentes a esta temática, vale ressaltar que quando falo “O consumo de carne” estou me referindo à carne proveniente de gado e de alguns animais aquáticos.

O consumo de carne e a água:


Que tipo de relação pode haver entre o consumo de carne e a questão da escassez da água? É um assunto que comumente vemos ser divulgado na mídia, mas não há um esclarecimento sobre os motivos dos impactos.

Em 2004, o Instituto Internacional da Água de Estocolmo publicou um relatório relacionando o perigo da escassez de água e o consumo desenfreado de carne da população mundial. Mas qual seria esta relação?

Há uma grande demanda de água para a pecuária, segundo pesquisas da Embrapa, para a produção de um quilo de carne bovina são gastos cerca de 15 mil litros de água, este gasto se dá por meios como: manter a quantidade hídrica necessária no corpo do gado para manutenção do metabolismo (a água no bovino representa cerca de 65% do peso do corpo), construção de açudes, irrigação do pasto, banho, limpeza dos abatedouros, cultivo de grão para alimentar o gado, etc.

Segundo pesquisas da Universidade de Cornell, nos EUA, a dieta americana gasta em média 5,4 m³ de água por dia, o dobro de uma dieta vegetariana, por exemplo, para produzir meio quilo de batata é usado cerca de 227 litros de água, enquanto que para produzir 100 grama de bife é usado 7 mil litros.

Para se obter um nível sustentável para o consumo da água se faz necessário mudar o hábito alimentar da sociedade, diminuído a demanda de certos produtos. Uma dieta com menos carne, mais frutas, verduras e legumes além de ser mai saudável também economiza água.

Em relação aos animais aquáticos vou tratar mais especificamente sobre os peixes.

Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente 150 zonas entre mares e oceanos do mundo são consideradas “zonas mortas”, pois não há qualquer tipo de vida nelas, isto é um resultado da falta de oxigênio nessas áreas. Isso ocorre devido à contaminação intensa de fertilizantes agrícolas e poluição industrial, que chega a atingir até 70.000 km² em algumas áreas. Esta contaminação por metais, como mercúrio, afeta consideravelmente o ecossistema, e vai aumentando a concentração nos organismos dos animais conforme aumentar o nível dos organismos na cadeia alimentar.

Somado a este problema temos o crescimento descontrolado da pesca predatória industrial, segundo dados deste programa, existem circulando pelos nos oceanos o dobro de barcos necessários para haver uma pesca sustentável. O estoque de peixes tem diminuído a nível mundial, porque sua produção não está acompanhando o ritmo da pes
ca e somente 0,01% dos oceanos está interditado para a atividade pesqueira.




A poluição ambiental e a fome


Segundo um estudo feito pelo Centro de Pesquisas Florestais Internacionais em 2010, 2,5 milhões de hectares da floresta amazônica legal brasileira foram destruídos e hoje a pecuária é o principal veículo deste desmatamento. A maioria da carne produzida nos países da América Central é para abastecer as indústrias de fast-food nos EUA.

Muito se critica esta produção de soja que desmata a Amazônia, porém não é divulgado o verdadeiro destino do grão. Grande parte deste desmatamento da Amazônia se deve para o cultivo de grãos, principalmente de soja, que são produzidos para alimentar o gado, ou seja, a soja é uma rica fonte de proteína (e seria uma ótima opção para alimentar uma boa parte da população), porém a população pobre continua desnutrida e sem acesso a carne. Esta mesma situação acontece com o milho, onde a maioria da produção é destinada para o consumo animal. Então, se você se alimenta de carne, inevitavelmente estará estimulando esta produção.

Segundo dados do IBGE, um boi produz em média 210 kg de carne após 5 anos utilizando um espaço de 4 hectares de terra. Neste mesmo tempo e espaço poderia ser produzido: 8 toneladas de feijão, 16 de arroz, 32 de soja ou 23 de trigo.

Segundo dados da Organização de Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO) o setor de abate é o segundo maior responsável pela emissão de gases causadores do efeito estufa, ficando atrás apenas das emissões industriais. Hoje, temos o Brasil ocupando o 4° lugar entre os países responsáveis pelo efeito estufa, isso devido, principalmente ao desmatamento da Amazônia para a criação de gado e produção de grãos.


Ainda temos outro problema que agrava a situação do meio ambiente, a produção de alimentos transgênicos, que de acordo com a ANVISA e o IBAMA, a liberação no Brasil foi feita sem os devidos estudos de impacto a saúde e ao maio ambiente.

Estamos em frente a uma situação de calamidade, pois a produção de carne vem crescendo cada vez mais e com ela a necessidade de áreas para o plantio dos alimentos para os animais. Porém ainda temos boa parte da população longe desta produção, ou seja, boa parte da população ainda vive em condições de subnutrição. Segundo o filósofo Willian Stephens, PhD na Universidade de Creigthton, se diminuíssem em 10% o consumo de carne por um ano, teríamos 12 milhões de toneladas de grãos disponíveis para o consumo humano e segundo Sergio Greiff, coordenador da sociedade vegetariana brasileira, se 0,3% dos grãos utilizados fossem utilizados para alimentar humanos, seria possível salvar da desnutrição cerca de 6 milhões de crianças menores de 5 anos.


Agora vamos ser realistas, como competir com as decisões dos governos? É simples, ir contra estas políticas é uma decisão de cada cidadão para que assim haja uma mudança em grande escala. O atual modelo agroexportador incentiva a produção de carne voltada para os mercados internacionais, tendo a Venezuela como principal comprador, pois é este investimento que garante o aumento da economia do país, fazendo com que hoje o Brasil esteja entre os maiores exportadores de gado “em pé”.


FALTA INSERIR A QUESTÃO POLÍTICA DO CONFLITO NORTE-SUL NESTE TEXTO


Então, após 4 páginas de críticas e argumentações contra a produção de carne e o impacto causado a nível social e ambiental, como fazer para mudarmos a alimentação? De que se alimentar após cortarmos a carne da alimentação? Existem alimentos que irão suprir todas as nossas necessidades nutricionais?

A partir deste ponto passarei a fazer abordagens referentes as alternativas alimentícias que temos, porém deve haver um interesse do indivíduo em ir atrás dos seus alimentos. Uma alimentação vegetariana não apenas estará contribuído para diminuir o impacto ao meio ambiente como também garante melhor saúde para quem adquirir tal dieta.

A alternativa vegetariana


É muito comum ver em guias nutricionais a recomendação para diminuir o teor de gorduras da alimentação, principalmente as saturadas, e que devemos no alimentar com mais frutas, verduras, fibras, grãos e legumes. Em junho de 2003 a Associação Dietética Americana publicou um estudo que prova que uma dieta vegetariana é capaz de suprir todas as necessidades que temos de proteína, ferro, cálcio, vitamina D, vitamina B12, vitamina A, ácidos graxos, ômega 3 e iodo. A dieta vegetariana além de ter um baixo teor de gordura saturada e colesterol, ao mesmo tempo contém um alto teor de carboidratos, fibras, magnésio, potássio e antioxidantes como as vitaminas A e C.

Ainda segundo este estudo há a confirmação que uma dieta vegetariana não somente contribui para uma melhor saúde, mas também pode prevenir e curar doenças.

A carne é uma ótima fonte de proteínas, lipídios, ferro, minerais, zinco e ômega 3 (peixes), mas onde encontrar em alimentos vegetais? No próximo post vou tratar sobre quais alimentos possuem estes elementos para que a substituição seja eficiente. Porém desde já é muito importante ressaltar que não existe nenhum alimento de origem vegetal que substitua completamente os nutrientes encontrados na carne, é necessário haver uma ampla pesquisa sobre esta demanda nutricional e a nova dieta que se deve ter para poder suprir todas as necessidades.


Conheça a alimentação vegetariana, a seguir o link de alguns pontos em Belém:

Veg Casa:


http://vegcasa.blogspot.com.br/

Govinda:

http://restaurantegovindabelem.blogspot.com.br/2010/05/o-melhor-da-culinaria-lacto-vegetariana.html

Outros:

http://vegetarianosemmovimento.blogspot.com.br/2010/06/restaurantes-lanchonetes-e-sorveterias.html

Autora: Madlene


segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O CAOS: SUPERPOPULAÇÃO (NATGEO)

Título Original: Population Overload – Aftermath.


"Considerando as condições médias da produção de alimentos nas terras agrícolas, onde os meios de subsistência, nas mais favoráveis das circunstâncias, só poderiam aumentar no máximo, em progressão aritmética enquanto que a população humana vai aumentando em progressão geométrica e desta forma concluiu que não vai dar para alimentar toda a superpopulação." ( Thomas Malthus)

Nesta sexta foi exibido no National Geographic Channelo documentário “O caos: superpopulação” que faz uma abordagem referente ao caos que o mundo enfrentaria com a mega explosão populacional, a abordagem do programa é em cima de uma população mundial de 14 bilhões de habitantes, o dobro do que temos atualmente, sendo que esse número foi alcançado apenas em 6 meses de forma repentina (é loucura, mas vamos lá). O que é interessante no programa é uma ordem cronológica do caos que ele aborda de forma meio que apocalíptica. Creio que quem assistir vai ficar vidrado na TV vendo crise por crise que o mundo pode enfrentar com esse crescimento desenfreado. Pude assistir este episódio meio que por acaso e fiz várias anotações, a seguir faço um resumo do que pode acontecer conforme o passar do tempo:

Após 6 meses:
Após 6 meses que houve esta explosão populacional repentina não haverá o número de habitações suficiente para todos, com isso haverá uma necessidade urgente e extrema de novos prédios (pois não haverá lugar suficiente para casas), cada vez mais os prédios terão maiores números de andares (arranhas céus), assim como apartamentos menores, isso para suportar o maior número de pessoas possível.


A quantidade de alimento não será o suficiente, então haverá a necessidade de maiores pastos para a criação de gado para atender a demanda mundial, com isso haverá um desmatamento extremo em áreas florestais para a pecuária, segundo o programa, essa área teria um tamanho aproximado ao da América do Sul.

Em relação aos campos para a produção de grãos estimou-se que o tamanho necessário seria de aproximadamente ao de 2 vezes o tamanho dos EUA. A África do Norte usaria dutos que puxassem a água do Egito para regar estes novos campos. A produção de leite atrasaria consideravelmente, pois seria necessário esperar o gado crescer para poder dar o leito. Toda essa situação geraria uma hiperinflação. Hoje, o EUA que é um dos maiores exportadores de grão mundiais, iria parar de exportar por falta de campos cultiváveis e água o suficiente.

Quanto mais gente no mundo, maior será o numero de carros circulando, com isso não haverá estradas o suficiente para tantos carros, elas começariam a ser fechadas para reparo e novas construções, isso geraria um colapso nas importações e importações, principalmente.

Após um ano:

Após esse tempo começaria a crise de moradia, pois a indústria civil não teria como atender uma população que dobrou em 6 meses, muitas pessoa iriam morar nas ruas em grandes acampamentos. Haveria a necessidade de mais metrôs e trens, já que não o número de carros nas ruas é extremamente absurdo e o transito quase não anda. O sistema de água e esgoto não iria conseguir atender a quantidade extrema de resíduos, então, as inundações de bueiros que ocorriam esporadicamente somente com grandes chuvas, agora seria algo rotineiro. O que transbordaria dos esgotos iria escoar para os rios, com isso, a água ficaria poluída de tal maneira que a população começaria a adquirir doenças que até então não eram comuns, como surtos de diarreia, cólera e a febre tifoide.

O que fazer com o lixo produzido por uma população de 14 bilhões de pessoas? A crise seria extrema, pois não será fácil se desfazer destes resíduos. Então aumentaria o número de animais que se beneficiam deste material e que transmitem doenças, como ratos e baratas. Haveria uma epidemia de doenças como meningite, insuficiência renal e leptospirose.

A partir de agora vamos passar a sobreviver com 1% da água doce do planeta, com isso iniciaria uma crise absurda e a melhor solução seria o racionamento da água. E as plantações, como sobreviveriam sem água? Haveria agora uma ampla pesquisa em produzir plantas modificadas geneticamente que necessitem de menor quantidade de água para viver.



A energia elétrica não será o suficiente, com isso começaria o investimento em usinas termoelétricas, como essa energia demoraria a chegar a toda população, começaria os toques de recolher.

Um mundo em crise de alimento, água e energia começaria a entrar em desespero, aumentaria o desemprego e a violência, já não haveria lei e ordem nas ruas. A poluição proveniente das usinas termoelétricas que queimas madeira, plantas, carvão, etc. afetariam a população, mas de que forma? Fumaças invadiriam a cidade e demorariam dias para passar, isso causaria sérios problemas respiratórios e em muitos casos, o óbito. A falta de água afetaria a indústria civil, pois é preciso de uma enorme quantidade de água para a produção do ferro.



Como estaremos enfrentando paralelamente a crise de energia, os novos arranhas céus projetados vão passar longos períodos em construção.

Após um ano cada vez mais diminui a quantidade de água doce disponível, então, começariam os investimento em usina de dessalinização da água do mar, a grande quantidade de energia utilizada subiria consideravelmente o preço da água. Estas usinas não são utopia, pelo contrário, já existem e já funcionam em alguns locais do mundo como no Oriente Médio. A maior planta de dessalinização do Mundo é a localizada em Hadera, norte de Israel [1], seguida pela de Jebel Ali - Phase 2 nos Emirados Árabes Unidos.

Após 7 anos:

A partir de agora diminuiria a circulação de pequenos carros nas ruas, devido ao preço da gasolina, e crise mundial. As pessoas vão ser obrigadas a usar transportes públicos e a andar de bicicletas (novas ciclovias serão de extrema necessidade). Também haverá um maior investimento em energia limpas como a solar e a eólica. A água de rios e lagos estão secando, agora teremos que ir buscar água em outros locais, a saída será os aquíferos subterrâneos. A exploração destes aquíferos irá abalar com as estrutura dos arranha-céus, com o tempo alguns irão desabar e o medo tomará conta das pessoas, estas que começarão a abandonar os grandes centros urbanos e a ir morar em volta dos rios secos e poluídos.

Após 10 anos:

Após 10 anos em que a população ultrapassou a marca dos 14 bilhões, começa a agora a migrações em massa, populações inteiras vão atrás de um ambiente ameno para morar, vão atrás de lugares que a natureza ainda disponibilize seus recursos.


Cidades inteiras são abandonadas, os rios secaram e já não se encontra mais água com facilidade, a partir desse momento começam as mortes por falta deste recurso tão precioso que anos atrás não demos valor. Por desespero a nível global os governos chegam a pensar na possibilidade de usar a água contida nas calotas polares, já que são compostas por água doce, segundo o que foi tratado no programa essas calotas serão explodidas com o uso de dinamites para o posterior consumo da água.

Algo de errado que pude presenciar neste programa é que não há uma abordagem referente ao efeito estufa, pois imagine uma população acima dos 14 bilhões... Com essa quantidade de gente perambulando no mundo a exploração dos recursos estaria além do imaginável, de certo as calotas polares já estão em um processo bem avançado de derretimento e não lá guardadinhas em imensas geleiras.

Avançando em 35 anos no futuro após o suposto evento, os problemas estabilizaram mas a qualidade de vida ainda continua péssima e nada comparada ao passado. Com o tempo as imensas populações vão aglomerar-se em volta dos rios, os grandes centros urbanos que outra hora foram disputada, agora estão abandonados. Essa aglomeração será em busca de qualquer quantia irrisória da água, esta que está mais poluída do que nunca e os rios cada vez mais secos...

Pretendo ir atrás de onde foram tirados este dados, mas por pura lógica de quem ler ou assistir o programa vai perceber que não há nada de sobrenatural, na verdade faz bastante sentido a maior parte do que foi tratado. Há um tempo escrevi uma resenha sobre o filme Idiocracy e é bem fácil fazer uma análise referente às semelhanças do que é abordado no filme e neste episódio de “O caos: superpopulação”.

" Segundo a ONU, para garantir um nível sustentável de população, todos os países devem, o mais rápido possível, baixar para uma taxa de fecundidade de 1,85 e ali se manter durante um século antes de retornar ao limiar da substituição. Esse esquema corresponde mais ou menos à evolução seguida pelos países ocidentais. No entanto, ele parece bem ambicioso. “Nada garante que a melhora do planejamento familiar nos países em desenvolvimento continuará; em alguns países, ela está em recuo”, lamenta Buettner. A taxa de fecundidade dos países menos avançados permanece em uma média de 4,29. Uma dezena de países, a maior parte na África, ainda não iniciaram sua transição demográfica. “A Ásia e a América Latina reduziram sua natalidade bem mais rápido do que os demógrafos pensavam”, lembra Gilles Pison, diretor de pesquisa do Instituto Nacional de Estudos Demográficos. Será que a África reserva a mesma surpresa?" Fonte: http://www.ecodebate.com.br

Assista ao programa:
PARTE 1 DE 5:
http://www.youtube.com/watch?v=NDFWtX7fVdo

PARTE 2 DE 5:

http://www.youtube.com/watch?v=3K-W3JdIUok&feature=fvwrel

PARTE 3 DE 5:
http://www.youtube.com/watch?v=o7CFR7NZjIk&feature=relmfu

PARTE 4 DE 5:
http://www.youtube.com/watch?v=Yl7cB3i_zOQ&feature=relmfu

PARTE 5 DE 5:
http://www.youtube.com/watch?v=-h4AsHFCBOw&feature=relmfu

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

E aí, do que você gosta??

Se você não for um alienado banal que curte o que tiver na moda você deve ter o gosto para um determinado tipo de som, e mais especificamente para uma banda, grupo, cantor, etc. Hoje é muito comum nos depararmos com a falta de sensibilidade sonora por parte da sociedade, as pessoas não mais associam uma música ou sonoridade com algo que lhes faça refletir e/ou “viajar” (a base de droga não vale).

O que vemos hoje é o apego pelo que a mídia impõe e ignorantemente as pessoas gostam e isso vira uma febre nacional ou mundial. Vemos isto acontecer bastante com as trilhas sonoras de novelas, principalmente.

Quem dera se isso acontecesse com a trilha de determinados filmes...

O que importa mesmo é fazer as prosts mexer a bunda no verão com um biquíni “socado” ou fazer as adolescentes ingênuas escreverem trechos em seus diários ao chorar dizendo que aquela música consegue expressar todos os seus sentimentos. Mas a febre é tão curta... Logo passa e amanhã estaremos em outra... Falei de forma metafórica, mas é a assim que a sociedade vive em frente a boa parte da percepção sonora atual. Quem gostou de Rebeldes ontem, hoje já não tem um pôster no quarto, quem gosta de Michel Teló hoje amanhã mal vai lembrar o nome dele, alguém lembra aí do Restart????

Agora me digam, o que foram as bandas de 19...e... antigamente... Temos o folk, o rock and roll, o blues, o grunge, o punk e lá vai porrada...É bem comum ver o mesmo coroa curtindo seus velhos discos que ele ouviu lá na sua juventude com seus amigos brejeiros.

Minha banda preferida é o The Doors em qualquer sombra de dúvidas, infelizmente o Jim Morrison era considerado um sex simbol e muitas das mulheres que curtiam a banda não era pelo que ele tentava mostrar em suas letras dionísicas, mas pelo seu corpinho e suas calças de couro... Quando comecei a gostar do Doors nem sabia como era esse maluco.

(minha coleçãozinha)

O que despertou em mim? Sempre fui apaixonada por literatura e tenho uma queda extrema pelo decadentismo e por temáticas que aboordem uma crise existencial, falando do homem como um ser rente a terra, gosto de Rimbaud, Baudelaire, Shakespeare, Lord Byron, William Blake, etc. Com o Doors conheci a literatura musicalizada.

(Minha Bobó arrasando)

Ao conhecer as letras do Doors percebi imediatamente as mesma abordagens, e sendo elas a maioria ecrita por Jim Morrison fui pesquisar suas fonte literárias e me deparei com os mesmos escritores que já admirava. Quem gosta do The Doors lembra da letra de “The End” que trata de modo ainda mais obscuro o “Édipo Rei” de Sófocles.

Recentemente comprei o Livro “Rimbaud e Jim Morrison, os poetas rebeldes” do escritor Wallace Fowlie, professor emérito de literatura francesa da Duke University (Carolina do Norte, EUA). Ele faz uma análise da vida e obra dos dois poetas rebeldes que viveram em um tempo e em um espaço diferente, porém com um “espírito” liberto semelhante. Não vou me aprofundar no livro, pois pretendo fazer um poste somente obre ele.

Cada um sente algo diferente ao ouvir o que gosta, o @cuffman com o Lou Reed, o @Vladimir com o Rush ou o @michell que é fanatico por eddie vedder.

"Tudo o que é desordem, revolta e caos me interessa; e particularmente as atividades que parecem não ter nenhum sentido. Talvez sejam o caminho para a liberdade. A rebelião externa é o único modo de realizar a libertação interior." Jim Morrison

Mas e aí, do que você gosta?

domingo, 2 de setembro de 2012

Lei proíbe animais em praças públicas

Enquanto que alguns municípios brasileiros dão passos à frente em questão de leis que melhorem as condições de vidas de nossos animais, garantindo-lhes direitos e privilégios, em Belém estamos em um processo totalmente retrógrado, no que diz respeito à ignorância de nossas políticas públicas. Em São Paulo vem crescendo o número de leis e benefícios para os animais, lá já temos o primeiro Hospital Público Veterinário, temos a Lei 14728/12 estende benefícios da nota fiscal paulista para entidades de proteção animal ou a Castração Móvel aprovado na Câmara de Sorocaba.

Agora partindo para nossa realidade medíocre...

Todos estão tendo conhecimento a respeito da Lei Municipal 7.831 que entrou vigor em Belém agora em agosto de 2012, esta que já está sendo fiscalizada na Praça Batista Campos, onde já existem várias placas indicando as novas normas. Esta lei proíbe a circulação de cães e bicicletas das 6h às 9h e de 16h às 20h, quem não obedecer a lei será advertido e multado (caso haja uma reincidência), se o infrator for menor de idade caberá ao pais o pagamento de uma multa.





Juntamente com esta lei também está em vigor a Lei 8.249 de 2003, que obriga o recolhimento dos dejetos por parte dos donos dos bichos (está sim é importantíssima). Muitos não sabem, mas em Belém temos uma lei municipal que proíbe a venda de animais em locais públicos (Lei 8.413/05), porém não há absolutamente nenhuma fiscalização nas praças e ruas para impedir este tipo de ato, e se você for denunciar a polícia dificultará de todas as formas a apreensão dos animais e a prisão dos vendedores (certa vez passamos 8 horas na delegacia para realizar uma denúncia).

Esta lei que deveria ter uma fiscalização rigorosa é apenas mais uma entre tantas leis municipais que estão à margem, que a sociedade não possui conhecimento de sua existência, enquanto que esta lei que proíbe a circulação dos animais está sendo fiscalizada com rigor e alertada com várias placas ao longo da praça.


Vamos parar para refletir, a Praça Batista Campos está localizada em uma área considerada “nobre” em Belém, pelas proximidades existem muitos prédios e conjuntos residenciais. As praças públicas são os únicos locais onde os moradores destes locais podem levar seus animais para se exercitarem, por mais que a restrição seja imposta apenas em alguns horários, isto já complica a rotina de muitas pessoas. Em relação às feiras de adoção, a AMA realiza feiras de adoção na Batista Campos esporadicamente e isso será um empecilho. A ASDEPA, UFRA, GAAV e outros grupos realizam feiras na Praça da República, e ao expandirem a fiscalização para as outras praças, isto sem dúvida irá nos prejudicar.

Lendo algumas reportagens me deparei com os argumentos do presidente da Associação de Amigos da Praça Batista Campos, José Olímpio Bastos, ele argumenta que a lei será benéfica para evitar acidentes com animais e bicicletas (que também estão proibidas nestes horários), porém ele mesmo afirma: “Nunca aconteceu, mas sempre há um risco”. Isto quer dizer que estamos atrapalhando o dia a dia dos cidadãos por algo que nunca aconteceu??



“A Guarda Municipal, responsável pela segurança das praças públicas, afirma que o trabalho, em um primeiro momento, está sendo de orientação. 'Muitos que ainda aparecem com cachorro nos horários proibidos, justificam dizendo que ainda não sabiam da lei. Agora, com as placas, acredito que será mais fácil o nosso trabalho. Pedimos a compreensão das pessoas. É preciso ter bom senso e trazer o cão apenas quando for permitido', explica o Guarda Arrenhius Calandrini.

Seremos civis que não cumprem as leis ridículas de sua cidade? É o único jeito de ir contra tais decisões, porém ao agirmos assim tudo pesará apena para o nosso lado. O que pode ainda caber a nós, cidadãos, é a realização de um abaixo-assinado para ser entregue na ALEPA ou na SEMMA com a assinatura de um advogado especialista na área, porém será bem difícil obter uma revogação da lei, pois houve voto a favor do prefeito (Edmilson). A lei é antiga, foi assinada em 2008 pelo até então prefeito Edmilson Rodrigues, porém só agora está endo cobrada. Pode tudo ser um jogo de campanha (não estou sendo partidarista com ninguém).

Obrigado

"Lei nº 7831 de 30 de abril de 1997
DISPÕE SOBRE A PROIBIÇÃO DE BICICLETAS NAS PRAÇAS, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.


A CÂMARA MUNICIPAL DE BELÉM, estatui e eu sanciono a seguinte Lei:
Art 1° - Fica proibida, nas praças públicas deste Município, no horário compreendido entre as seis e nove horas e dezesseis e vinte horas, a circulação de maiores de doze anos em bicicletas e a de cães com seus respectivos condutores.

Art 2° - A inobservância ao que dispõe o artigo anterior implicará em: I - advertência II - multa de sessenta e oito UFIR's, em caso de reincidência. Parágrafo Único - Quando o infrator for menor de idade, caberá o pagamento da multa a seus responsáveis.

Art 3° - O órgão municipal competente fica obrigado a sinalizar a proibição.

Art 4° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário. PALÁCIO ANTÔNIO LEMOS, 30 de abril de 1998.

EDMILSON BRITO RODRIGUES
Prefeito Municipal de Belém"