terça-feira, 24 de julho de 2012


Hã? Como assim, o que tem nesta obra?

A princípio pode ser algo tão surreal quanto às obras de Salvador Dalí, porém como já citei outras vezes, toda forma de expressão possui algum significado. Para Laurie Lipton realidade é surreal e não tem limites. Uma das principais abordagens de Laurie Lipton é desindividualização da sociedade pós-industrial, o cotidiano vivido de uma maneira mecânica, revelando o esquisito e anormal que existe dentro de todas as pessoas.

Nesta obra também sem título há claramente esta retração, vemos um mundo caótico tomado pela modernização, pela mecanização sem qualquer limite de espaço e tempo, o que chega a tomar conta de nós mesmos.

No chão, diversos tubos e engrenagens estão misturados a crânios, uma representação de uma total união entre o homem e o progresso “até a morte”. O ponto central desta obra é o resultado deste progresso desenfreado, CRIAMOS NOVOS CAMINHOS, ROMPEMOS FRONTEIRAS, MAS ANDAMOS EM CÍRCULOS, por mais que não tenhamos para onde ir o combustível (usado como uma metáfora do avanço tecnológico) se faz necessário, pois nos tornamos dependentes do progresso e do consumismo exacerbado presente na nossa sociedade pós-industrial.

Observe do lado direito da obra uma placa de sinalização, ela por si só já nos diz tudo.

As obras de Laurie Lipton são inúmeras, se você se interessou por seus traços e por uma corrente
própria de representação de mundo acesse eu site oficial e veja sua biografia, obras, exposições,
etc:

http://www.laurielipton.com/



Por: Madlene

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